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MPPE faz recomendação ao Governo de Pernambuco sobre o Complexo Prisional do Curado; entenda

A recomendação foi publicada na edição do Diário Oficial do MPPE, desta sexta-feira (16)

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Mirella Araújo

Publicado em 16/06/2023 às 18:10 | Atualizado em 16/06/2023 às 18:20
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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio do Grupo de Atuação Conjunta Especializada (GACE), recomendou que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e a Secretaria-Executiva de Ressocialização do Estado, coloquem em prática, o planejamento das ações voltadas a solucionar as precárias condições vivenciadas pelas pessoas privadas de liberdade no Complexo Prisional do Curado.

A recomendação foi publicada na edição do Diário Oficial do MPPE, desta sexta-feira (16). Entre as medidas a serem adotadas, segundo o órgão, está a execução das obras de requalificação das estruturas físicas dos presídios Frei Damião de Bozzano (PFDB), Aspirante Marcelo Francisco de Araújo (PAMFA) e Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB).

O Ministério Público deu um prazo de 120 dias, para que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e a Secretaria-Executiva de Ressocialização do Estado apresentem os cronogramas atualizados das ações já realizadas e as que serão adotadas visando à ampliação das vagas no sistema penitenciário do Estado; bem como das deliberações quanto à transferência de presos; e das intervenções realizadas na estrutura física das unidades prisionais.

Dentro deste prazo, o Governo Raquel Lyra, deverá fazer o recenseamento e recadastramento de todas as pessoas privadas de liberdade que estão nas unidades do Complexo Prisional do Curado.

O MPPE recomendou, ainda, que seja mantida a estruturação das equipes multidisciplinares para a realização dos exames criminológicos visando à avaliação do cabimento do cômputo em dobro, nos termos da Recomendação de 28 de Novembro de 2018 da Corte Interamericana de Direitos Humanos. As informações são da Comunicação do MPPE.


DESCUMPRIMENTO

Em caso de desrespeito, mesmo que parcial, ou do não cumprimento integral às diretrizes e determinações da Resolução de 28 de Novembro de 2018 da Corte Interamericana de Direitos Humanos, as pessoas físicas e os órgãos responsáveis pelo Complexo Prisional do Curado poderão ser responsabilizadas civil e administrativamente, nos termos da lei e na medida de suas ações e/ou omissões.

Segundo o MPPE foi levado em consideração para a elaboração do documento, dentre outros pontos, o fato de que “a República Federativa do Brasil é signatária da Convenção Americana sobre Direitos Humanos – Pacto de São José da Costa Rica –, adotada no âmbito da Organização dos Estados Americanos (OEA), e, após os trabalhos, a recomendação aponta a necessidade de que o Governo do Estado de Pernambuco tenha uma atuação efetiva para reduzir o quadro de superpopulação, garantir o respeito à integridade física e moral, liberdade de expressão religiosa, bem como o acesso a políticas públicas de saúde e educação e mitigar outras violações aos direitos humanos identificadas nas referidas unidades prisionais”.

O documento foi assinado pela Coordenadora do Centro de Apoio Operacional (CAO) de Defesa Social e Controle Externo da Atividade Policial do MPPE, a Promotora Helena Martins Gomes; e os Promotores de Justiça que integram o GACE, Fernando Falcão Ferraz Filho, Rinaldo Jorge da Silva, José Edivaldo da Silva, Luís Sávio Loureiro da Silveira, Maxwell Anderson de Lucena Vignoli e Raul Lins Bastos Sales.

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