Turistas de São Paulo que foram conhecer o São João de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, estão voltando para casa decepcionados. Eles denunciam ter sido vítimas de violência policial, na última sexta-feira, enquanto tentavam ter acesso ao Pátio de Eventos Luiz Gonzaga (Pátio do Forró).
Na manhã desta segunda-feira (19), a turista de 41 anos e os dois filhos, de 25 e 14, estiveram na Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS), no bairro da Boa Vista, área central do Recife, para registrar queixa. Em seguida, foram levados ao Instituto de Medicina Legal (IML), onde realizaram exames de corpo de delito.
"A gente estava tentando entrar no Pátio do Forró quando houve uma confusão perto. Os policiais militares empurraram minha irmã de 14 anos, que não tinha nada a ver com o caso. Ela foi atingida com o cacetete no rosto. Eu me aproximei para pedir para eles pararem de agredi-la e eles começaram a me bater", contou o comerciante de 25 anos, em entrevista à TV Jornal.
"Eram cinco a seis policiais militares. Estavam em grupo. Minha mãe tentou impedir que eles agredissem a gente, mas uma PM se aproximou e pisou nela. Eu nunca tinha vindo aqui no Estado, queria conhecer o São João, mas nunca mais pretendo voltar", afirmou. O rapaz também teve o celular quebrado.
Por causa das dores provocadas pela violência policial, a mãe o comerciante chegou mancando no IML para a realização dos exames.
O QUE DIZ A POLÍCIA SOBRE A VIOLÊNCIA NO SÃO JOÃO DE CARUARU?
Na noite desta segunda-feira (19), a assessoria da SDS se pronunciou por meio de nota.
A pasta informou que "as declarações (das vítimas) foram colhidas e será aberta uma investigação preliminar a fim de identificar os PMs e analisar sua responsabilidade na esfera disciplinar".
"Encontrando elementos suficientes, será aberto um processo disciplinar em desfavor dos envolvidos", disse o texto.
COMO DENUNCIAR
A Ouvidoria da SDS está presente no Pátio Luiz Gonzaga para receber reclamações e esclarecer dúvidas dos cidadãos sobre os serviços das forças de segurança.
O serviço atende, ainda, pelos telefones 181 ou 0800-081-5001, assim como pelo Whatsapp (81) 99488-3455, sempre das 7h às 19h.