Com informações do repórter Waldson Balbino, da TV Jornal
Um taxista de 44 anos suspeito de atirar e atropelar a frentista Michele Estevão da Silva, 35, no último sábado (24), no município de Pombos, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, foi preso na tarde desta quarta-feira (28) pela Polícia Civil.
O crime, que resultou na morte da frentista, ocorreu durante uma briga de trânsito. O suspeito não teve o nome divulgado pela polícia.
Com a prisão dele, os parentes da vítima esperam por justiça. "Me sinto mais aliviada porque o corremos menos perigo agora. Eu quero que ele fique lá (na prisão), pois assim não coloca mais a minha família em risco", disse Josefa Estevão, mãe de Michele, em entrevista a TV Jornal.
A irmã de Michele Estevão, que presenciou o atropelamento, afirma que o crime cometido não foi acidental. "Em momento algum foi acidente, pois num acidente você atropela e vai prestar socorro, vai ver como a vítima está. Não você dar ré, voltar... Vê a irmã da vítima gritando que ela está debaixo do carro e, ainda assim, continua. Foi o que aconteceu. Eu estava lá e gritei para ele que minha irmã estava debaixo do carro. Eu quero a justiça mais ainda e que ele acabe a vida dele lá dentro (prisão)", declarou Sicleide Estevão.
A prisão do taxista foi em cumprimento de um mandado de prisão temporária pelo crime de homicídio qualificado. Em seguida, ele foi conduzido ao presídio de Vitória de Santo Antão. As investigações seguem até que as circunstâncias do fato sejam esclarecidas.
Os advogados do taxista afirmaram que, nesse primeiro momento, não vão pedir o relaxamento da prisão, mas vão solicitar que sejam realizadas quatro perícias.
"A gente quer essas perícias para mostrar que não tem resíduos de pólvora dentro do carro de nosso cliente, bem como na camisa que ele estava vestido no dia e que estava no carro e que a polícia já fez a apreensão do veículo. E também pedimos a oitiva de algumas testemunhas, policiais militares que estavam no local da ocorrência", disse o advogado Rivan Ribeiro.
Relembre o caso
Michele Estevão da Silva morreu após ser baleada no braço e atropelada várias vezes. De acordo com familiares, ela havia saído de uma festa de aniversário e voltava para casa acompanhada da filha, de 5 anos, de uma irmã e de um amigo, que dirigia o veículo. No caminho, a discussão foi iniciada com o motorista de outro carro.
"O condutor disse que teve o carro arranhado pelo veículo do amigo da minha irmã. Eles desceram para ver, mas não havia nada. Durante a briga, o motorista chutou o pneu traseiro do carro do amigo da minha irmã. Aí ele deu um murro no outro carro", relatou Sueli Estêvão, irmã de Michele, em entrevista ao JC.
"Com raiva, o motorista entrou no carro e atirou no braço da minha irmã. Depois fez a volta com o veículo e deu ré, atingindo e arrastando a minha irmã. Depois puxou e atropelou de novo e fugiu do local", contou Sueli.
As imagens da briga e do atropelamento foram registradas por câmeras de segurança e são chocantes. Em uma dos vídeos é possível ver o momento em que o carro passa por cima da frentista. A irmã dela e a filha entram em desespero e tentam fazer o socorro.