VIOLÊNCIA

VÍDEO: Suspeito de assassinar PMs é morto em troca de tiros em Camaragibe. Outros três policiais foram baleados

Homem matou dois policiais militares na noite dessa quinta (14). Pela manhã da sexta (15), houve uma nova troca de tiros que acabou na morte dele e em mais três PMs feridos

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Katarina Moraes

Publicado em 15/09/2023 às 12:39 | Atualizado em 15/09/2023 às 17:01
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O suspeito de assassinar dois policiais militares na noite dessa quinta (14), em Camaragibe, no Grande Recife, foi morto na manhã desta sexta-feira (15) durante outra troca de tiros com a corporação. Nessa ação, ele ainda baleou outros três PMs.

As informações são de que ele estava escondido em uma área de mata no bairro de Tabatinga, enquanto a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) fazia diligências para encontrá-lo, inclusive com o uso de helicópteros.

Ao ser cercado, ele teria corrido e tentado se esconder em uma residência. Nessa hora, segundo a polícia, teria atirado contra os militares, que foram machucados e revidaram. O suspeito foi atingido por tiros na cabeça.

Ele chegou a ser socorrido por viaturas da PM, mas não resistiu aos ferimentos. Os três policiais militares foram atingidos no colete, outro no braço e o outro no pescoço, mas nenhum corre risco de morte.

Ao todo, oito pessoas foram mortas e outras quatro ficaram feridas no caso.

ENTENDA O CASO

Tudo começou na noite dessa quinta-feira (14), quando uma viatura com três PMs foi abordar um grupo de pessoas que estava consumindo bebidas alcóolicas na laje de uma casa no Córrego do Jacaré, segundo a polícia.

Quando eles se aproximaram, uma das pessoas correu. Dois policiais, um cabo e um soldado, foram atrás do homem e uma troca de tiros foi iniciada - não se sabe por quem.

O cabo Rodolfo José da Silva, 38 anos, e o soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, foram alvejados, além de outras duas pessoas que não estavam envolvidas no tiroteio - um adolescente de 14 anos e a prima dele, uma jovem de 19 anos grávida de sete meses que estava dentro de casa quando foi atingida na cabeça.

Os quatro baleados foram socorridos inicialmente para o Centro Médico de Camaragibe (Cemec) e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá, na Zona Oeste da capital pernambucana. Contudo, pela gravidade dos ferimentos, foram transferidos para o Hospital da Restauração (HR), na área central do Recife.

Os policiais militares não resistiram e morreram. Já a jovem está internada em estado grave, enquanto o adolescente está estável.

FAMILIARES DO SUSPEITO FORAM MORTOS

Após o suspeito matar os dois PMs, cinco familiares dele apareceram mortos: a mãe, esposa, uma irmã e dois irmãos.

Por volta da 1h30 da madrugada, a PMPE e a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) foram novamente acionadas para Tabatinga, no mesmo local onde ocorreu a primeira troca de tiros. Ao chegarem lá, encontraram mortos dois irmãos do suspeito.

Uma delas, Ágata Ayane da Silva iniciou uma live nas redes sociais, transmitindo o momento em que foi assassinada. O irmão dela, Amerson Juliano da Silva, também morreu no local. O outro irmão foi socorrido, mas não resistiu.

A mãe do suspeito teria dado abrigo ao filho. Pela manhã, ela e a esposa dele foram encontradas mortas na Estrada de Mussurepe, ligação entre a cidade de Camaragibe e a de Paudalho.

POLÍCIA INVESTIGA

Por nota, a Secretaria de Defesa Social (SDS), em nome de todas suas operativas, se solidarizou "com os familiares e amigos dos Policiais Militares que foram mortos durante o exercício do seu trabalho"

"Através da Polícia Civil de Pernambuco, informamos que foi registrado, por meio da Equipe de Força Tarefa de Homicídios Metropolitana Norte, na noite de 14 de setembro, um duplo homicídio consumado", disse.

Ainda, informou que as investigações já foram iniciadas e seguem até total elucidação dos fatos.

SINDICATO REPUDIA VIOLÊNCIA

Por nota, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) repudiou o que chamou de "dia trágico com três policiais mortos em Pernambuco". Além dos dois policiais mortos em Camaragibe, a nota cita o assassinato do policial militar do Rio Grande do Norte, vítima de um assalto nas imediações do Atacadão, em Igarassu, Grande Recife.

"Mais uma vez, é com indignação que observamos a crescente violência que assola a todos em Pernambuco. Este triste episódio reforça a urgência de ações efetivas para conter a onda de criminalidade que assombra a população", afirmou.

"Infelizmente, não temos visto o Estado construindo um caminho consistente que comece a diminuir essa curva de violência. É essencial um esforço conjunto das autoridades para enfrentar essa realidade que tanto aflige a todos", pediu.


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