Mãe e pai são suspeitos de torturar bebê de 3 meses que morreu em Pernambuco
Criança chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Caso aconteceu nessa quinta-feira (21), em Paulista, no Grande Recife
Em colaboração com Beatriz Albuquerque, da TV Jornal
Uma mulher 19 anos e um adolescente de 17 são suspeitos de torturar a própria filha, um bebê de 3 meses que morreu nessa quinta-feira (21), em Paulista, no Grande Recife. Ela foi presa e de menor foi apreendido.
A criança deu entrada no Hospital Miguel Arraes na manhã da quinta machucada. A equipe médica teria pedido apoio à força-tarefa da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) depois de suspeitar que os próprios pais da criança teriam a agredido.
-
Polícia Civil reforça canais de denúncia sobre chacina em Camaragibe e diz que todos os envolvidos serão responsabilizados
-
Mulher é assassinada pelo ex-companheiro mesmo sob medida protetiva em Pernambuco
-
PF e Marinha fazem, em Pernambuco, maior apreensão de cocaína em alto-mar da história do Brasil
De acordo com as informações da polícia, a bebê teria diversas lesões no corpo, como queimaduras no pé e pescoço, além de hematoma no olho direito e inchaço na cabeça. Ela não resistiu aos ferimentos.
Mais tarde, os pais da criança prestaram depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife.
O delegado responsável pelo caso, Victor Leite, contou a versão apresentada pelos pais.
"Ele alega que ela passou mal, sem mais nem menos, depois de ter ingerido a comida, que ficou sem ar e que ele levou ao hospital. Quando chegou ao hospital, a equipe médica percebeu que havia outras lesões no bebê e começou a perguntar", relatou
O delegado ainda afirmou que os pais tentaram justificar as diversas lesões sofridas pela menina.
"O adolescente, pai da menina, alega que nas duas vezes que ela desfaleceu, que caiu do bebê conforto e da cama, ele a mordeu num ato de desespero para ver se a reanimava", continuou o delegado.
A mãe foi autuada em flagrante por homicídio culposo e tortura. Já o pai, por ser um adolescente, vai responder pelos atos infracionais equivalentes aos mesmos crimes. Ambos estão à disposição da Justiça.