DEPOIMENTOS

Policiais que atuaram em ocorrência que resultou na chacina de Camaragibe prestam depoimento

Nesta quarta-feira (27), mais dois policiais militares serão ouvidos na sede do Grupo de Operações Especiais

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Filipe Farias

Publicado em 26/09/2023 às 22:13 | Atualizado em 26/09/2023 às 22:22
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César Souza, advogado da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados, Policiais e Bombeiros Militares, acompanhou os depoimentos dos dois PMs sobre o caso da chacina em Tabatinga, Camaragibe
César Souza, advogado da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados, Policiais e Bombeiros Militares, acompanhou os depoimentos dos dois PMs sobre o caso da chacina em Tabatinga, Camaragibe - BETO DLC / JC IMAGEM

Dois policiais militares que estiveram na trágica ocorrência no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, entre os dias 14 e 15 de setembro, e que acabou resultando na morte de oito pessoas (dois PMs), prestaram depoimento nesta terça-feira (26), na sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), no Cordeiro, na Zona Oeste do Recife.

Os depoimentos de ambos duraram mais de uma hora e, de acordo com a Polícia Civil, os dois policiais teriam sido acionados para prestarem assistência aos dois PMs envolvidos na ocorrência e que depois vieram a falecer.

O advogado César Souza, representante jurídico da Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados, Policiais e Bombeiros Militares (ACS-PE), acompanhou os depoimentos dos dois PMs na sede do GOE e detalhou a respeito das oitivas.

"Eles esclareceram a mecânica dos fatos que ocorreram naquele dia. Eles estavam em Tiúma e receberam (chamado da ocorrência), via rádio, e se dirigiram para Tabatinga. Chegando lá, prestaram o socorro e levaram o carro para o CEMEC (Centro Médico de Camaragibe), mas chegando lá, o cabo (Rodolfo José) veio a óbito", contou César Souza, em entrevista a reportagem da TV Jornal.

Ainda segundo o advogado do ACS-PE, os dois policiais que foram prestar socorro aos dois PMs baleados, retornaram ao bairro de Tabatinga. "Depois eles pegaram uma testemunha que estava lá, que é o irmão (Carlos Augusto da Silva Filho) da vítima da senhora grávida (Ana Letícia), e o levaram para o DHPP. O esclarecimento que eles prestaram aqui hoje foi sobre essa mecânica dos fatos", explicou César Souza.

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Sobre o possível envolvimento dos dois policiais na chacina da família de Alex da Silva Barbosa (que matou dois policiais militares), o advogado negou a participação. "Eles não ficaram ali no local da ocorrência, em Tabatinga, nem um minuto. Porque a única preocupação daquela equipe era a de prestar socorro ao cabo e ao soldado que estavam gravemente feridos, e levá-los para a unidade de saúde", falou.

A expectativa é que, nesta quarta-feira (27), mais dois policias militares prestem depoimentos na sede do GOE.

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