Operação Paz, do governo Lula, prendeu mais de 5,8 mil pessoas desde setembro
Governo Federal custeou R$ 95 milhões em diárias para que 12 estados, incluindo Pernambuco, ampliassem o número de escalas de policiais
Com informações da Agência Brasil
A Operação Paz, deflagrada em 12 estados, conseguiu prender mais de 5,8 mil pessoas desde 1º de setembro, segundo balanço apresentado nesta quarta-feira (20), em Brasília. O governo federal custeou R$ 95 milhões em diárias para que os estados ampliassem o número de escalas de policiais e pudessem avançar nas investigações - com foco principal no combate às mortes violentas intencionais.
O dinheiro foi aplicado em 482 municípios do Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Pará, Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio de Janeiro e Tocantins. Essas localidades concentram mais da metade dos crimes violentos intencionais do País.
Os recursos são provenientes do Fundo Nacional de Segurança Pública. De acordo com o secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, foram pagas mais de 315 mil diárias.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco declarou que R$ 4 milhões mensais foram destinados para a operação no Estado.
Entre o total de presos na operação nacional, até agora, 1.455 estão envolvidos em crimes de morte violenta intencional (homicídio, feminicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, mortes em decorrência de atuação policial e tentativa de homicídio).
Nos 12 estados em que o governo federal aplicou recursos, houve redução de 41,5% nos latrocínios, informou o secretário. Os dados apresentados têm como base informações repassadas pelas secretarias estaduais de Segurança Pública.
PRISÕES EM PERNAMBUCO
Só em Pernambuco, entre setembro e 15 de dezembro, 663 criminosos foram capturados. Desse total, 157 são homicidas.
Nessa terça-feira (19), considerado o Dia D da operação, 128 prisões foram efetuadas no Estado. Desse total, 23 são acusados de homicídios.
"O balanço da operação é muito positivo, porque, por meio de lançamentos extraordinários, conseguimos cumprir mandados de prisão e avançar em investigações importantes para combater os crimes", afirmou a secretária-executiva de Defesa Social do Estado, Dominique de Castro Oliveira.
Segundo a gestora, houve ainda aumento na produtividade da Polícia Científica, com a realização de mais perícias e reproduções simuladas necessárias para os inquéritos policiais.
AÇÕES DE INTELIGÊNCIA
A Operação Paz segue até 31 de dezembro. Além do pagamento de diárias, também inclui apoio a ações de inteligência. Em parceria com as secretarias estaduais, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) promoveu, por exemplo, a seleção de 16 mil inquéritos criminais com maior potencial de realização de diligências policiais efetivas.
“Tanto nós passamos muita informação para quem está na ponta, como também pegamos os mandados de prisão e qualificamos, levantando informações sobre aqueles elementos para que [isso] facilite ações de prisão”, explicou Romano Costa, diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp.