INVESTIGAÇÃO

Justiça solta vereador de Itamaracá preso após ofensas homofóbicas no WhatsApp

Em audiência de custódia, juiz determinou que parlamentar cumpra medidas cautelares

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Raphael Guerra

Publicado em 18/01/2024 às 13:48 | Atualizado em 18/01/2024 às 14:55
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A justiça concedeu a liberdade provisória para o vereador Edielson Beserra Lins (MDB), de Itamaracá, no Grande Recife, que foi preso em flagrante pelos crimes de injúria qualificada e difamação após enviar áudios ofensivos para um homem de 50 anos em um grupo de WhatsApp.

Em audiência de custódia, no Fórum de Olinda, nesta quinta-feira (18), o juiz responsável determinou que fossem aplicadas quatro medidas cautelares ao vereador: 

Comparecer a todos os atos processuais;

Comunicar a justiça se houver mudança de endereço residencial;

Não se ausentar da comarca por mais de 8 dias sem prévia autorização judicial;

Comparecer mensalmente à Justiça para informar as atividades.

ATAQUES HOMOFÓBICOS

Logo após os ataques homofóbicos, os áudios foram compartilhados pelas redes sociais e viraram caso de polícia nessa quarta-feira (17).

"Você é uma mulher se passando por homem. Isso aí todo mundo, em Itamaracá, sabe: que você é uma mulher. [...] Você é maloqueiro e, além do mais, você é 'viado'. Você é 'viado', você dá o 'caneco'", disse um trecho dos áudios. 

Os ataques tiveram início após a vítima afirmar que o vereador já havia sido preso. 

Edielson é réu por homicídio qualificado após o carro dirigido por ele atropelar o vigilante Denio José de Melo Júnior, no dia 28 de outubro de 2022.

A denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) afirmou que o vereador estava alcoolizado quando atropelou o vigilante, "assumindo o risco de alcançar o resultado morte".

DEFESA DO VEREADOR

A defesa disse que o vereador não teve a intenção de atingir a honra da vítima. Além disso, alegou que a denúncia não deveria ter sido considerada um flagrante, já que a discussão teria ocorrido na última segunda-feira. 

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