QUEDA DE BRAÇO

Governo de PE estuda medidas jurídicas contra greve da Polícia Civil, diz secretário

Um dia após policiais civis decidirem paralisar atividades a partir da sexta-feira (9), Alessandro Carvalho afirmou que há plano de contingência para evitar que serviços sejam afetados no Carnaval

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Raphael Guerra

Publicado em 07/02/2024 às 12:44 | Atualizado em 07/02/2024 às 17:24
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Um dia após a assembleia dos policiais civis de Pernambuco, que resultou na decisão pela greve por tempo indeterminado a partir da sexta-feira (9), o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, afirmou que medidas jurídicas estão sendo estudadas para que as atividades de segurança não sejam interrompidas em pleno Carnaval.

Em entrevista à Rádio Jornal, nesta quarta-feira (7), Carvalho declarou que o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) está "usando o Carnaval como instrumento de pressão" para antecipar a mesa de negociações com o governo estadual sobre reajuste salarial e outras melhorias pleiteadas pela categoria.

"Não há nenhuma restrição ao diálogo. Agora o que eles buscaram foi querer antecipar uma agenda que não iria correr nesse momento. A Secretaria Estadual de Administração é responsável pelas negociações e, em reunião anterior com o fórum de associações e sindicatos da segurança, foi dito que as reuniões seriam em março, mas foram antecipadas para o final de fevereiro, quando vai ser colocado o cronograma de reuniões com cada categoria. Isso já estava certo, mas o que houve foi uma deliberação com pequena fração (de policiais) que deliberou pela greve", pontuou Carvalho.

"Vamos aguardar qual será a real adesão. O governo do Estado estuda medidas jurídicas, ações que podem ser impetradas, e nós temos planos de contingência já prontos. A depender da adesão, será colocada a resposta proporcional. Seja qual for o cenário, não haverá prejuízo para a segurança do folião. Tenho a compreensão que o momento de negociação é final de fevereiro. Isso já era sabido por todos. Querer prejudicar a população num momento desses, entendo que a população vai se voltar contra a categoria", completou. 

O secretário estadual afirmou ainda que, mesmo com a greve mantida, uma parte dos policiais civis vai continuar trabalhando nas delegacias, como exige a lei. "Não pode parar tudo. Tem que manter percentual. Entendemos que não pode ser abaixo de 70%."

MOBILIZAÇÃO E GREVE

Na assembleia realizada na noite de terça-feira (6), os representantes do Sinpol-PE argumentaram que o governo do Estado não se dispôs a iniciar as negociações por melhorias nas condições de trabalho, valorização salarial e aumento do contingente da categoria. Diante da frustração do encontro, em votação, a categoria decidiu deflagrar a greve. 

Nesta quarta-feira (7), o Sinpol-PE protocolou requerimento ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para que seja intermediada uma negociação entre a categoria e o governo estadual. No documento, a entidade pontuou que ação semelhante ocorreu com o Poder Judiciário da Paraíba e de Alagoas e que isso foi fundamentação para evitar a greve. 

 

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