Defesa de Rodrigo Carvalheira alega inocência do empresário e diz que prisão foi 'armação política'
O empresário, de 34 anos, foi preso por suspeita de agressão sexual, estupro e violência contra mulheres. Audiência de custódia acontece nesta sexta-feira (12)
A advogada criminalista Graciele Queiroz, contratada para defender o empresário Rodrigo Dib Carvalheira, preso por suspeita de agressão sexual, estupro e violência contra mulheres, desembarcou no Recife, na tarde desta quinta-feira (11), e, em conversa com a imprensa ainda no Aeroporto Internacional dos Guararapes, garantiu que o seu cliente é inocente e que vai provar na Justiça.
"Rodrigo é inocente. Nós não temos dúvidas da inocência dele. Até porque estivemos aqui no Recife por três vezes tentando apresentar ele (para prestar depoimento na delegacia). Rodrigo comprovou com imagens que tudo o que as supostas vítimas falam de 2006 a 2019 não merecem prosperar", declarou Graciele Queiroz, em entrevista à reportagem da TV Jornal.
Ainda de acordo com a advogada, o empresário não está sendo preso por crime sexual, mas por outro motivo.
"Rodrigo está sendo preso hoje não por abuso sexual, até porque o lapso temporal já cessou. Rodrigo está sendo preso hoje por tentar obstruir (investigação), assim como foi relatado pelas delegadas do processo. Nesse contexto, as delegadas falam que ele estava conversado com outra delegada e ficou perguntando como estava o processo. Elas entenderam que ele tentou, de alguma forma, mascarar e pedir ajuda de alguém", contou a defesa do suspeito.
Graciele Queiroz revelou que já tinha tentado que Rodrigo Dib Carvalheira se apresentasse para prestar depoimento, mas que as delegadas à frente do caso não teriam permitido.
"Nós tivemos acesso a essas informações devido às próprias supostas vítimas comunicarem aqui no Recife que estariam entrando com um boletim contra o Rodrigo. Foi nesse momento que eu vim aqui e tentei apresentar ele (na delegacia). Eu peticionei informando que tal data estaria aqui no Recife e, um dia antes, a delegada peticionou informando no meu e-mail que não ia receber ele pelo motivo que ela que decide o dia que ia ouvir ele. Isso está na lei, é um direito dele se apresentar no momento que ele quer", contestou a advogada.
Apesar do mandado de prisão preventiva expedido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Rodrigo Dib Carvalheira ainda vai passar pela audiência de custódia e, a depender da decisão, ele poderá permanecer no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, ou responder as acusações em liberdade.
"Diante disso, vamos pedir de imediato a soltura do Rodrigo e vamos ficar aqui no Recife para a audiência de custódia de amanhã (12)", informou Graciele Queiroz.
'Armação política'
A princípio, a defesa de Rodrigo Carvalheira sustenta que a prisão do empresário foi por motivações políticas.
"O que é incrível é que são duas delegadas à frente da Delegacia da Mulher, que deveria de fato acolher a mulher. A suposta vítima, a primeira, chegou na delegacia em novembro e nada acontece. Incrível. A amiga dela vai em janeiro, aí depois a amiga dela vai em fevereiro. Se isso aqui não for armação política, eu não sei o que dizer", questionou a advogada.
"Estamos falando de um processo que está em segredo de justiça. Eu não tenho como dar publicidade (sobre as informações das investigações) até para preservar as verdadeiras vítimas, que não é esse o caso. Isso enfraquece as verdadeiras mulheres abusadas. Rodrigo não abusou de ninguém", garantiu Graciele Queiroz.
Quem é Rodrigo Carvalheira
Rodrigo Carvalheira, de 34 anos, nasceu no Recife e é empresário do ramo imobiliário, além de atuar com produções de eventos. Ele também foi secretário de Turismo de São José da Coroa Grande, no Litoral Sul de Pernambuco, deixando o cargo em dezembro de 2023.
Ao contrário do que foi especulado, o empresário não tem relação com a empresa produtora de eventos Carvalheira.