Delegada Patrícia Neves: Veja quem era a delegada pernambucana assassinada pelo ex-companheiro na Bahia

Patrícia Neves Jackes Aires foi encontrada morta em seu carro, no município de São Sebastião do Passé, no domingo (11)

Publicado em 13/08/2024 às 11:51 | Atualizado em 13/08/2024 às 16:11

Com informações do Correio24

delegada Patrícia Neves Jackes Aires, de 39 anos e pernambucana, começou a trabalhar na 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), em Santo Antônio de Jesus, a unidade ainda não dispunha de uma área dedicada à investigação de feminicídios e crimes contra crianças e adolescentes.

De acordo com reportagem do Correio24, da Bahia, os casos eram tratados de maneira igual a outras tipificações. Isso em 2017.

Mudança na tipificação dos crimes

A direção da delegacia decidiu então criar um setor especializado para esses casos de feminicídio e escolheu exatamente Patrícia para liderar a mudança e implementar essa nova área na unidade.

Colega se emociona ao lembrar de Patrícia

Um investigador, que deu suporte a Patrícia durante quatro anos, conta sobre a história emocionado. O profissional lembra que Patrícia era muito bem humorada e fazia uma comunicação eficaz.

Ele mostrou à reportagem do Correio24 um áudio que havia recebido da delegada, justamente ela contando piadas.

Patrícia era muito dedicada à função

"Ela era extremamente comunicativa. Onde quer que fosse, conseguia se entrosar facilmente e tinha uma grande paixão por trabalhar em campo, acompanhando as prisões. Recebia denúncias de agressões e violência doméstica e assumia a liderança na situação. Quando o setor de investigação foi criado, Drª Patrícia lutou por mais recursos. Ela era realmente dedicada", relatou o investigador ao veículo baiano. 

Como foi o caso do assassinato de Patrícia

Patrícia foi encontrada morta em seu carro, no município de São Sebastião do Passé, no domingo (11). O principal suspeito do crime é seu companheiro, Tancredo Neves Feliciano de Arruda, que se encontra preso.

Segundo relatou o Correio24, a polícia aguarda o laudo da autópsia para confirmar a causa. A principal hipótese é de estrangulamento.

"Estamos esperando os laudos periciais e as imagens das câmeras de segurança coletadas desde Santo Antônio de Jesus até as BRs 101 e 324. O processo pode demorar, mas temos equipes de vários departamentos envolvidas. Ele nega o crime, assim como as duas ocorrências anteriores de violência doméstica em sua ficha, em Itamaraju, e a agressão a uma médica em Feira de Santana", explicou a delegada.

Atuação do ex-companheiro de Patrícia como médico

Patrícia já tinha medida protetiva contra Tancredo. O ex-companheiro já havia sido indiciado pela Polícia Civil por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica. Ele se formou no exterior, mas não realizou o Revalida para poder atuar no Brasil.

A investigação de 2022 da Delegacia Territorial de Euclides da Cunha concluiu que ele não tinha competência para atuar no País.

Tancredo estava com Patrícia há cerca de quatro meses. Colegas dela confirmaram a relação, e acrescentaram que o casal vivia em conflito, com inúmeras idas e vindas. Patrícia tem um filho de 7 anos.

Sepultamento de Patrícia

O corpo de Patrícia foi trazido para o Recife. O sepultamento ocorreu na manhã desta terça-feira (13), no Cemitério Parque das Flores, no bairro do Sancho.

 

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