"Gangue do rolex": líder de quadrilha especializada em roubo de relógios é preso no bairro de Piedade
O homem, que é de São Paulo, foi preso em Pernambuco com relógios avaliados em R$ 600 mil. A gangue age em várias capitais e mantém rede de "olheiros"
Com informações da TV Jornal
Um homem de 35 anos, natural de Taboão da Serra, São Paulo, foi preso no bairro de Piedade, Jaboatão dos Guararapes, suspeito de ser líder de uma quadrilha especializada no roubo de relógios de luxo, o suspeito estava com quatro relógios Rolex, avaliados em cerca de R$ 150 mil cada.
A prisão foi efetuada pela Polícia Civil de Pernambuco e fez parte da operação "Cartada Final", deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal.
O objetivo é desmantelar uma rede criminosa interestadual com foco em bens de alto valor.
A prisão, segundo o delegado responsável pelo caso, Cláudio Castro, marca um avanço nas investigações que começaram no Distrito Federal, onde ocorreram cinco assaltos semelhantes no ano passado.
Quadrilha atua com estrutura organizada
“Nós identificamos onde o atual líder da quadrilha estava escondido. Demos voz de prisão a ele. Ele frequentava bastante nosso estado. A partir do momento que obtinha as informações com seus 'comparsas', vinha até Pernambuco, interceptava os relógios, pagava o preço combinado e seguia para São Paulo, onde dava destino”, afirmou Castro.
A chamada “Gangue do Rolex” atua de forma sistemática e hierárquica em várias capitais do país, focando em regiões de alto poder aquisitivo.
A quadrilha divide suas operações em três funções principais: os olheiros, que identificam as vítimas em locais de grande circulação e alta renda, os executores, responsáveis por abordar e realizar o roubo, e o líder, que gerencia o destino final dos produtos roubados.
“O olheiro é a pessoa que pode estar no restaurante, em qualquer lugar onde haja concentração de pessoas que tenham poder aquisitivo e estejam de posse de um relógio de luxo como o Rolex”, explicou o delegado Castro.
A quadrilha opera de maneira itinerante, utilizando motocicletas com placas adulteradas para dificultar a identificação e garantir uma fuga ágil. As investigações apontam que muitos itens podem ser repassados até mesmo fora do Brasil.
Relógio de Leo Dias pode ter sido roubado pela quadrilha
Em uma abordagem semelhante às demais operações da gangue, Léo Dias teve seu relógio Rolex, avaliado em aproximadamente R$ 200 mil, levado durante assalto em setembro deste ano.
Segundo o delegado Cláudio Castro, que lidera as investigações, “há uma grande possibilidade” de que o mesmo grupo esteja por trás do assalto a Léo Dias.
O olheiro da quadrilha teria repassado informações ao executor, que agiu de maneira planejada para garantir a captura do relógio de luxo e a fuga imediata.
Entre os quatro relógios apreendidos na operação, dois foram reconhecidos por um casal roubado na saída de um restaurante também em Boa Viagem.
Busca por foragidos
A operação Cartada Final, deflagrada pela Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (CORPATRI), já resultou na prisão de dois homens em Brasília e outro no interior de São Paulo.
Em Pernambuco, a polícia ainda procura por outros envolvidos, especialmente os olheiros e executores que participaram de assaltos e permanecem foragidos.
O preso em Pernambuco possui antecedentes criminais e foi encontrado com uma motocicleta, além dos relógios de luxo, no momento da prisão.