Quatro suspeitos são mortos e funcionária da Fiocruz fica ferida durante operação policial no Rio de Janeiro

Policiais teriam entrado sem autorização em campus da Fiocruz durante operação chamada "Torniquete", deixando uma funcionária ferida

Publicado em 08/01/2025 às 17:28
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Com informações de agências

Uma operação contra roubo de cargas em Manguinhos deixou quatro suspeitos mortos e uma funcionária da Fiocruz ferida na manhã desta quarta-feira (8) no Rio de Janeiro.

A “Operação Torniquete” tinha como objetivo combater roubo e receptação de cargas praticados por traficantes na região do Complexo de Manguinhos, na zona norte do Rio. Segundo a Polícia Civil, os agentes foram recebidos a tiros durante as diligências e houve confronto.

Na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um projétil atingiu o vidro da sala de Automação, do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), fábrica de vacinas da Fiocruz, e uma funcionária foi ferida por estilhaços e precisou de atendimento médico. 

As principais estruturas da fundação ficam dentro do Campus Manguinhos-Maré, ao lado das duas comunidades na zona norte da capital. 

Durante a ação policial, quatro suspeitos foram mortos e um trabalhador da Fiocruz foi preso em flagrante por suspeita de ajudar os traficantes a fugir. Ainda de acordo com a polícia, houve apreensão de armas e drogas.

O que diz a Fiocruz

Em nota, a instituição informou que o homem preso é supervisor da empresa que presta serviços para a Gestão de Vigilância e Segurança Patrimonial da Fiocruz, e que ele estava fazendo o trabalho de desocupação e interdição da área como medida de segurança para os trabalhadores, alunos e demais frequentadores do campus, no momento da incursão policial.

A Fiocruz afirmou que a ação da Polícia Civil foi feita "de forma arbitrária, sem autorização ou comunicação à instituição, colocando trabalhadores e alunos da Fiocruz em risco."

A instituição disse ainda que "a orientação aos trabalhadores, alunos e usuários do campus é que todos se mantenham em estado de atenção, evitando circulação por áreas abertas".

Em entrevista à TV Globo, o delegado André Neves respondeu as críticas: "Quem colocou a população em risco foram os criminosos. Temos imagens de inteligência que comprovam a presença de diversos traficantes de drogas dentro da Fiocruz. Por isso, a Polícia Civil teve que realizar uma incursão no local para evitar que um dano maior ocorresse lá dentro”. 

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