SOCIEDADE

Férias e a missão difícil de driblar os smartphones

Leia a coluna social deste sábado do seu Jornal do Commercio

Mirella Martins
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Mirella Martins
Publicado em 22/07/2023 às 0:00
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Smartphones - FOTO: Divulgação

Neste mês de férias, 47 milhões crianças e adolescentes estão ociosas; quase uma população inteira da Argentina ou da Espanha: 79% terá um smartphone à sua disposição e vai passar, em média, três horas e 53 minutos por dia utilizando o aparelho, segundo o Panorama Mobile Time/Opinion Box – Crianças e smartphones no Brasil. Conciliar crianças em casa e uso excessivo de telas é o grande desafio das famílias.

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Vitória Viana/ Inova Legenda: O diretor do CEJ, desembargador Evandro Melo, e o corregedor Ricardo Paes Barreto entregando ao presidente Luiz Carlos Figueirêdo o novo livro lançado pela CGJ - DIVULGAÇÃO

Próprio smartphone

A pesquisa Panorama Mobile Time mostra que 44% das crianças brasileiras de 0 a 12 anos têm seu próprio smartphone e 35% utilizam o aparelho dos pais. O Youtube é o aplicativo mais acessado, seguido de Whatsapp e Youtube Kids, aponta o estudo.

Os menores

De acordo o Panorama, 12% das crianças de 0 a 3 anos têm seu próprio smartphone e 40% usam o dos pais. A proporção muda nas faixas etárias seguintes. De 4 a 6 anos, 32% possuem o telefone com internet e 53% usam o dos pais. De 7 a 9 anos, 46% têm o seu aparelho e 43% usam o dos pais. Dos 10 aos 12 anos, 77% possuem smartphone e 17% usam o dos pais.

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A vereadora Cida Pedrosa; a reitora do Centro Universitário Frassinetti do Recife - UniFAFIRE, profa. Maria das Graças; a ministra Luciana Santos; e a vice-reitora, Walnea Lima, se reuniram ontem (20), no campus da instituição. O motivo do encontro foi estreitar os laços e contribuir para o avanço da educação e da inovação no Estado. - DIVULGAÇÃO

Tempo médio 

O tempo médio de uso diário começa em 2h56 por crianças de 0 a 3 anos de idade, conforme o estudo. Passa para três horas e 17 minutos na faixa etária entre 4 a 6 anos e para três horas e 29 minutos pelos que têm de 7 a 9 anos, até chegar a quatro horas e 46 minutos de uso pelas crianças de 10 a 12 anos.

Motivo

No levantamento, os pais explicam que a principal razão para dar ou emprestar um smartphone ao filho é entretê-lo. A questão é que o entretenimento pode trazer prejuízos ao desenvolvimento infantil. 

Nenhum contato

A OMS recomenda que crianças menores de 2 anos não tenham nenhum contato com telas, nem mesmo televisores. A partir de 2 anos a TV pode fazer parte da rotina dos pequenos, por no máximo uma hora por dia. Ainda segundo a OMS, o celular só deve entrar na vida das crianças a partir dos 8 anos, com muita precaução.

Os próprios pais reconhecem que o smartphone está ocupando tempo demais na infância dos filhos, 55% deles acreditam que as crianças passam mais tempo do que deveriam usando o aparelho, conforme o Panorama Mobile Time.

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DAYVISON NUNES/JC IMAGEM Data: 01-07-2023 Assunto: SOCIEDADE - Bodas de Prata de Ana e Paulo Saunders. - DAYVISON NUNES/JC IMAGEM

Consequências 

Pesquisas mostram que a superexposição a eletrônicos pode causar déficit de atenção, atrasos cognitivos, distúrbios de aprendizado, aumento de impulsividade, diminuição da habilidade de regular emoções, provocando ansiedade, depressão e agressividade. Também pode gerar dependência digital, transtornos de alimentação e de imagem corporal, cyberbullying, além de ampliar o risco de abusos sexuais e pedofilia, problemas visuais, miopia, problemas auditivos e de postura.

Ajuda 

Para evitar que as férias se tornem um problema de saúde física e mental, a educadora parental e jornalista Stella Azulay, diretora da Juntos Educação Parental, orienta os pais a buscarem alternativas de diversão com as crianças, que podem envolver qualquer membro da família. “É preciso aproveitar as férias para aprimorar a comunicação e fortalecer o vínculo, abrir o caminho para que os filhos se sintam à vontade para relacionar-se com os pais e, amanhã, quando se tornarem adolescentes, não se fecharem no quarto, distanciando-se da família”, comenta.

 

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