Um CD para os 70 anos de Celly Campello

Publicado em 27/09/2012 às 9:12
Leitura:
Na leva de astros da MPB inteirando os 70 anos, quase todo mundo se esqueceu de Celly Campello (1942/2003), menos a gravadora carioca Discobertas, que homenageia a cantora com o CD Mar de rosas. O disco compila raros compactos (o que hoje, abrasileirado, chama-se single), lançados por Celly Campello entre 1970 e 1976. Este ano completa-se também 50 anos que ela largou a carreira, no auge, para se casar. Tinha apenas 20 anos. Voltaria, depois de recusar mil propostas, em 1968. Aos 26 anos, Celly Campello era um ídolo do passado. Um anacronismo no ano em que o tropicalismo dava um xeque-mate na música popular brasileira. Sua volta passou em branco. Ela seria reabilitada pelo tropicalista Gilberto Gil, que a cita no rock Back in Bahia (Lá em Londres, vez em quando, me sentia longe daqui/Querendo ouvir Celly Campello pra não cair”). A novela Estúpido cupido, de 1976, trouxe Celly Campello de volta às paradas, mas com sua música de final dos anos 50. O que ela gravou, pela Continental, e que está neste álbum, seguia mesma fórmula: hits americanos em versões, que deram certo com os Fevers, mas não com Celly Campello. Mar de rosas (Rose garden), e Vem me ajudar (Help, get me some help), que estão no CD, por sinal foram sucessos com os Fevers na mesma época. Com este disco, a Discobertas recuperou quase tudo que o que Celly Campello gravou. No ano passado lançou a caixa Estúpido cupido, com seis CDs, saídos originalmente pela Odeon (atual EMI). Confiram Celly Campello em Estúpido cupido: http://www.youtube.com/watch?v=ECG-jn_TQz4

O jornalismo profissional precisa do seu suporte. Assine o JC e tenha acesso a conteúdos exclusivos, prestação de serviço, fiscalização efetiva do poder público e muito mais.

Apoie o JC

Últimas notícias