O compositor e cantor maranhense (de Itapecuru-Mirim) Nonato Buzar, falecido ontem, aos 81 anos, no Rio, é um dos inúmeros casos de um artista imensamente popular em sua época, e em pouco tempo esquecido. Começou a carreira em 1953, já vivendo no Rio. O sucesso despontou em 1965, e chegou até meados dos anos 70, quando passou a trabalhar como produtor e arranjador para grandes gravadoras cariocas. Nos anos 60, e 70 ele foi um dos mais requisitados compositores do país. Um dos fornecedores dos grandes sucessos de Wilson Simonal na fase da pilantragem (uma forma de interpretação, suingada, entremeadas de conversas, e palmas. copiada do americano Chris Montez)). Criou também o grupo A Turma da Pilantragem, do qual participou como integrante e produtor. O grupo lançou três álbuns entre 1968 e 1969, perídio em que o estilo esteve em evidência. Ed Motta é dos poucos atuais que reverencia Nonato Buzar e a pilantragem, cujos discos mereciam serem ouvidos, ou reouvidos, pelo menos para se conferir a empatia imediata entre a música e o público. Na pilantragem, Nonato Buzar assina sucessos como O carango (com Carlos Imperial), Vesti azul, Uni-duni-tê (com Chico Feitosa). Criou trlhas originais de novelas de sucesso da TV Globo, a exemplo de Irmãos coragem. Verão vermelho, tema instrumental da novela homônima, foi gravado pelo guitarrista Carlos Santana, em 1977. Foi gravado nomes como Elis Regina, Maysa, Alcione, Elizeth Cardoso, Jimmy Cliff, Jair Rodrigues, Elza Soares, Tito Madi, mais recentemente pelo Casuarina, e pelo O Rappa. Ainda na Globo é co-autor da trilha do programa Chico City (em parceria com Chico Aníso). Buzar foi responsável por trilhas do cinema nacional, em uma fase de filmes leves, e de grande bilheteria, como O donzelo, (1968). Confiram Nonato Buzar em Irmãos coragem: https://www.youtube.com/watch?v=2zsjc2CLbKA
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