Garanhuns Jazz Festival: público reverencia Ivan Lins na noite final

Publicado em 18/02/2015 às 10:12
Leitura:
  Os bateristas, na Guitar night: Carlos Bala, Wellington, André Togni e John Macaluso. Foto: Marta Arabyan Os bateristas, na Guitar night: Carlos Bala, Wellington, André Togni e John Macaluso. Foto: Marta Arabyan O tecladista austríaco Raphael Wressing fez lembrar Jimi Hendrix, que incendiou a guitarra no festival de Monterrey, em 1967, no meio de sua apresentação, na noite final do Garanhuns Jazz Festival, fez as labaredas subirem de seu teclado, porém o tempo suficiente para causar suspense, logo apagou as chamas, e voltou a tocar um repertório pinçado de seus discos, sobretudo o mais recente, Soul gumbo, do ano passado. Wressing foi mais uma novidade no GJF, que teve este ano sua melhor programação, e recorde de público, tanto no palco principal, na Praça Mestre Dominguinhos, quanto no palco Pau Pombo, no Centro da Cidade. Ontem, boa parte da plateia estava ali para assistir ao show de Ivan Lins, que tocou pela primeira vez no GJF, e num momento especial: ele se prepara para comemorar 70 anos, e deflagrar o “Ano Ivan”, com show, lançamento de DVD, disco, biografia, etc. Ivan começou o show, ensaiando uns acordes numa gaitinha de chaveiro, distribuída pela produção do festival, mas partiu logo para o teclado, e emendou uma fileira de sucessos, que se estendem por 45 anos de carreira. Dinorah, Somos todos iguais nesta noite, Vitoriosa, ou Madalena, com que encerrou o show, sem bis. São canções manjadas, mas cada vez mais inclinado ao jazz, Ivan Lins modifica arranjos, e improvisa nas melodias e na interpretação, afastando qualquer monotonia do palco. Ele foi acompanhado pela banda de Ricardo Lopes, de Alagoas, com Carlos Bala na bateria, e com seu guitarrista, o uruguaio Leo Amuedo. A melhor parte do show é quando ficam no palco apenas ele, no teclado, e Amuedo na guitarra. Fez um dos melhores shows desta edição do GJF. Foi um dia cheio. Pela manhã o baterista André Togni (DF) e a americana Jennifer Batten, fizeram concorridos workshops. Ela mais procurada pela sua participação na banda que acompanhava Michael Jackson nos últimos anos da carreira do Rei do Pop. À tarde, no Pau Pombo, Togni e a Orlito Jazz Band fizeram o esquente para as apresentações da noite, terminando com a tradicional jam session. E encerrando a edição deste ano, a também tradicional Noite das guitarras foi, em parte, noite das baterias, com alguns dos músicos que participaram do GJF se garantindo nas baquetas. Num clima bem carnavalesco, Adriana e Karl Dixon, começaram a despedida com versões bluesy de canções dos Beatles, depois disso foi um “seja o que Deus quiser”, com direito a Jeff Beck, Sting e Nirvana, com a guitarrista Jennifer Batten. No backstage o prefeito de Garanhuns, Izaias Régis, meio eufórico, garantia que, pelo menos, durante sua gestão, o festival continua. É torcer para que isso aconteça. Que continue a música de qualidade, já que a sofrência do baiano Pablo neste carnaval aportou no Marco Zero. Confiram trecho da Guitar night, que encerrou o Garanhuns Jazz Festival ontem: https://www.youtube.com/watch?v=wghIKo0VGlo  

O jornalismo profissional precisa do seu suporte. Assine o JC e tenha acesso a conteúdos exclusivos, prestação de serviço, fiscalização efetiva do poder público e muito mais.

Apoie o JC

Últimas notícias