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Paul McCartney álbum gravado sozinho durante pandemia

O álbum chama-se McCartney III e completa uma trilogia iniciada há 50 anos

José Teles
José Teles
Publicado em 21/10/2020 às 16:13
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Mary McCarthy/Divulgação
TERAPÊUTICO McCartney gravou o álbum sozinho durante pandemia - FOTO: Mary McCarthy/Divulgação
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Paul McCartney confirmou o lançamento do álbum McCartney III, mais um trabalho que se assume como one-man-band, a banda de um integrante só. São dele todos os vocais, e é ele que toca todos os instrumentos, repetindo o que fez há 50 anos, em McCartney (a gota d’água que faltava para o fim dos Beatles), e McCartney II, há 40 anos. “Tinha uns troços em que trabalhei uns tempos, e depois deixei pra lá, sem terminar. Fiquei pensando no que havia guardado, e a cada trabalhava em cima dessa música, com o mesmo instrumento que usei quando a comecei, depois fui colocando mais instrumentos por cima. Foi superdivertido.
McCartney III começou com a canção Winter Comes, produzida por George Martin, em 1990 que, por sua vez, inspirou a que compusesse uma intitulada Long Tailed Winter Bird. Foi usado equipamento vintage. Um baixo que foi de Bill Black, que tocava com Elvis Presley, caixas usadas pelos Wings (banda de Paul nos anos 70) Teve a ver com fazer música pra você mesmo, em vez de música como um emprego. Então toquei apenas coisas que curti, nem tinha ideia de que acabariam virando um álbum”, comentou McCartney, no release em que anunciou o terceiro disco da trilogia. O disco foi gravado no estúdio que Paul montou na sua propriedade em Sussex, Inglaterra.
OUTROS
McCartney, de 1970, passou pelo teste do tempo, mas quando foi lançado teve péssimas críticas, o pessoal só livrou a cara da balada Maybe I’m Amazed. Na época ninguém fazia discos sozinhos, tocando tudo. O repertório foi montado trechos de músicas incompletas, instrumentais, experimentalismos pop, mas nada de vulto. Hoje é tido como pioneiro no estilo Lo-Fi. McCartney II, de 1980, é mais arrojado, tem ousadias com música eletrônica. Conta-se que John Lennon escutava rádio em casa, quando começou a tocar Comin Up. Ele teria bradado um “PQP, é Paul”. A música do velho amigo o teria instigado a começar a compor para Double Fantasy.




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