Distúrbios alimentares exigem cuidados especiais

Publicado em 08/07/2017 às 17:09 | Atualizado em 24/10/2017 às 17:26
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Dieta restrita, crises de ansiedade e pressões sociais recorrentes. Esses são apenas três dos principais fatores que culminam em distúrbios alimentares, doenças bastante frequentes entre jovens e mulheres. De acordo com o psiquiatra Tiago Queiroz, os transtornos alimentares são ciclos que se perpetuam pela ansiedade e o medo de engordar. Anorexia, bulimia e compulsão alimentar são os transtornos mais populares, embora existam outras doenças menos conhecidas, mas que apresentam sintomas bem semelhantes (confira quadro ao lado). De acordo com o médico, o distúrbios acontecem por conta de uma pré-disposição genética associada ao quadro de maior cobrança. “Alimentação é uma forma de liberar dopamina. E quando estamos ansiosos temos níveis mais baixos desse neurotransmissor. Dessa forma, se torna um vício consumir alimentos na busca por quantidades maiores de dopamina e para sentir prazer”, esclareceu Tiago, que também é professor da Universidade Federal de Pernambuco. Os distúrbios alimentares exigem cuidados psicológico e nutricional. No entanto, não é recomendável ter como primeira medida de tratamento a reeducação alimentar. As restrições podem gerar ainda mais compulsão e conflitos. “Às vezes uma dieta muito restritiva pode piorar o quadro. É positivo e indicado que se recorra à reeducação alimentar, mas depois da avaliação do psicólogo/psiquiatra. Esse profissional vai analisar os fatores emocionais e direcionar o tratamento”, alertou Queiroz. Vale lembrar que esses diagnósticos não devem ser subestimadas pelos pacientes e pelas pessoas convivem com quem sofre os distúrbios. São sintomas sérios e podem ser fatais em casos mais graves.    

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