SUPERAÇÃO: Deficiente visual vira corredor e faz de prova grande celebração

Publicado em 17/09/2018 às 10:16 | Atualizado em 17/09/2018 às 10:18
Deficiente visual, Fabiano Cirino é presença confirmada na sexta edição da corrida de rua Eu Amo Recife. Foto: Arquivo Pessoal
FOTO: Deficiente visual, Fabiano Cirino é presença confirmada na sexta edição da corrida de rua Eu Amo Recife. Foto: Arquivo Pessoal
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Deficiente visual, Fabiano Cirino é presença confirmada na sexta edição da corrida de rua Eu Amo Recife. Foto: Arquivo Pessoal Mais que uma nova prova a ser disputada. A sexta edição da corrida de rua Eu Amo Recife, próximo sábado, com largada às 19h, no Paço Alfândega, é uma verdadeira celebração para o administrador Fabiano Cirino, de 37 anos. Deficiente visual, ele se prepara para participar pela quarta vez do evento, que é o seu preferido no calendário da modalidade na cidade. Além disso, também comemora aniversário de namoro com a esposa. Foi em uma das provas da Eu Amo Recife que eles oficializaram a relação e estarão juntos comemorando a data na versão 2018 da corrida. “Estou me preparando para correr os 10km da corrida. Sou apaixonado por corrida de rua. Pelos amigos que fazemos, pelos lugares que conhecemos, pela saúde, disposição. Conheci minha esposa em um treino e a nossa primeira corrida juntos foi a Eu Amo Recife. É nela que comemoramos aniversário de namoro. Tem tudo a ver com a nossa história”, comentou. Fabiano não enxerga com o olho esquerdo e tem a visão do direito bem comprometida. Foto: Arquivo Pessoal Fabiano não enxerga com o olho esquerdo e tem a visão do direito comprometida em razão da sobrecarga. O problema é de nascença e poderia ter sido revertido se tivesse sido diagnosticado até os cinco anos. “Venho de família humilde, morava em interior e não fazia exame de vista. Só soube quando fui me alistar. Não pude servir por causa da visão. Mas enxergar apenas com um olho não era problema. Com o passar dos anos, porém, a visão do direito começou a ficar muito ruim. Hoje meu grau é em torno de seis. Preciso do óculos para tudo. Só que à noite piora muito. Não enxergo quase nada”, contou. Apesar da limitação, Fabiano corre há 10 anos. Antes de aderir ao esporte, pesava cerca de 90 quilos e a largura das roupas continuava aumentando. A saúde também já começava a dar mostras de que estava sendo afetada. Ele chegou a ter uma inflamação no fígado em razão dos maus hábitos alimentares. “Comecei com pedaladas e pequenas corridas, para largar o tabagismo. Fiz alguns treinamentos para concursos, fui pegando gosto e vendo os resultados”, relembrou.

CONQUISTAS

O novo hábito rendeu a Fabiano menos 15 quilos e muita disposição. Para driblar as dificuldades impostas pela deficiência, o administrador procura treinar sempre com uma dupla. “Dá para me guiar mesmo sem precisar da corda guia . Treinava sempre com minha esposa, mas a rotina do dia dia não nos permite ir sempre. Como treino em lugares que conheço, fica melhor pra mim e sempre durante o dia. Nas provas dá pra ir tranquilo com a luz do sol. Como corro de óculos, o suor mancha a lente muitas das vezes. Então, vai no sacrifício. Mas é prazeroso”, concluiu .

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