Obesidade é responsável por até 20% das mortes por câncer, enquanto a má alimentação surge como grande vilã. É responsável por até 35% dos casos. Foto: Pixabay
O doutor em Ciências da Saúde Paulo Gentil usou o Instagram para tocar em assunto que causa muita polêmica na área da saúde. Ele questionou a glamourização da obesidade, voltando a lembrar que se trata de uma doença, inclusive com CID 10 estabelecido. Para reforçar o quando a questão não é estética, trouxe dados de estudo que aponta o fato de 90% a 95% dos casos de câncer serem evitáveis. E que até 20% das mortes pelas doença tiveram como origem a obesidade.
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Os fatores externos parecem ser os grandes vilões da história (no que diz respeito ao câncer). Para ser mais preciso, a estimativa trazida por Anand et al. (2008) é que 90-95% dos casos de câncer poderiam ser prevenidos! Por muito tempo buscamos resposta na genética para tudo. No entanto, descobrimos que, mesmo que a genética influencie em várias doenças, o desfecho depende da interação com estímulos ambientais", observou.
O especialista, que é formado em Educação Física, apontou diversas estimativas de fatores ambientais responsáveis pelas mortes por câncer. O tabagismo ficou com até 30%, com predominância total para o caso de pulmão. "
A obesidade, que vem sendo glamourizada por aí, é uma doença que traz diversos problemas e que participa de 14-20% dos casos de morte por câncer", alertou.
Paulo Gentil chamou atenção da influência dos fatores externos nos casos de câncer. Foto: Reprodução
Ainda mais alarmante são
os números letais da doença causados pela má alimentação. De acordo com o estudo no qual Paulo Gentil se baseou, são de 30% a 35% dos casos. "O bom de saber disso é que podemos mudar! Algumas coisas dependem de mudanças políticas e culturais, como a questão dos poluentes. No entanto, há outras que dependem de nós, como os bons hábitos alimentares e a prática de atividade física, já que, como o artigo também mostra,
o risco de desenvolver ao câncer chega a cair pela metade nas pessoas fisicamente mais ativas. Então, fica a informação e o alerta para que profissionais intervenham e ajudem as pessoas a entenderem que elas podem ser responsáveis pelos seus destinos", finalizou.