As 3 doenças cardiovasculares mais graves e como prevenir

Agosto é o mês dedicado à saúde vascular, veja como prevenir problemas graves e manter suas artérias saudáveis com orientações de cirurgião vascular

Publicado em 05/08/2024 às 9:55

Agosto, simbolizado pelas cores azul e vermelho, é um mês dedicado à conscientização sobre a saúde vascular. Essas cores representam as veias e artérias, enfatizando a importância de prestar atenção a doenças graves como o aneurisma da aorta.

Para entender mais sobre esse tema, o médico Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, explica sobre três das mais graves doenças cardiovasculares e dá dicas de como se prevenir. Vamos conferir.

Quais as doenças cardiovasculares mais perigosas?

1. Doença arterial periférica

A doença arterial periférica ocorre devido à má circulação sanguínea nas artérias dos membros inferiores. Um dos primeiros sinais é a dor nas pernas ou o surgimento de feridas dolorosas de difícil cicatrização, além de dor ao caminhar.

"Nesse caso, um dos principais riscos é a amputação dos membros", explica o Dr. Caio Focássio.

2. Trombose venosa

Dados do Ministério da Saúde indicam que a cada mil brasileiros, um ou dois já sofreram com trombose, uma doença causada pela formação de coágulos de sangue nas veias das pernas.

"Um dos agravantes é que ela pode levar a uma embolia pulmonar, que é quando uma artéria do pulmão é obstruída e, daí, a falta de ar é um dos primeiros sintomas", alerta o médico.

Mulher sendo atendida por médica em consultório
O acompanhamento médico é essencial para ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares (Imagem: Ground Picture | Shutterstock)

3. Aneurisma da aorta

O aneurisma da aorta é uma doença silenciosa e fatal. "Essa taxa de mortalidade é tão alta porque a aorta – que é a principal artéria do corpo – pode dilatar e se romper, e isso pode ser fatal", afirma Focássio.

Ele lembra alguns fatores de risco: idade, uso de tabaco, hipertensão e histórico familiar. Sem sintomas evidentes, o primeiro sinal do problema pode ser a ruptura, que mata cerca de 80% das pessoas afetadas.

Cerca de 50% chegam vivas aos hospitais e apenas 50% dessas sobrevivem à cirurgia que reverte o caso.

Antes de uma ruptura, os sintomas podem incluir dor abdominal ou lombar, um incômodo pulsátil na barriga, compressão dos órgãos ou isquemia dos pés e pernas. Porém, em muitos casos, a pessoa pode não sentir absolutamente nada.

Quando ocorre a ruptura, a dor abdominal e/ou lombar é intensa, seguida de um mal-estar severo, queda da pressão arterial, taquicardia, palidez e sudorese.

Felizmente, até por exame físico clínico já é possível identificar o problema e o grande risco não está em ter aneurisma de aorta, mas em deixá-lo chegar até as últimas consequências.

Prevenção de doenças cardiovasculares

Para todas essas doenças, o Dr. Caio Focássio enfatiza a importância da prevenção através de check-ups anuais.

"As doenças vasculares mais graves geralmente são silenciosas. O ideal é agir antes que elas ocorram. Isso é possível apenas com um exame clínico feito em consultório e com a ajuda de um ultrassom que pode medir o grau de insuficiência venosa, verificar o grau de calcificação das artérias e, ainda, permite uma análise dos vasos sanguíneos por imagem. Assim, fica mais fácil indicar qualquer problema que o paciente possa vir a desenvolver e já iniciar o tratamento antes que surjam maiores complicações", finaliza o médico.

 

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