Atualizada às 22h28
Aldir Blanc, um dos grandes compositores da Música Popular Brasileira, faleceu na madrugada deste domingo (03), aos 73 anos. Ele havia sido diagnosticado com a covid-19. Seu quadro era preocupante desde seu internamento, no dia 10 de abril. Blanc foi encaminhado primeiramente ao Centro de Emergência do Leblon, apresentando também um quadro de pneumonia e infeção urinária, sendo encaminhado ao Hospital Pedro Ernesto, no bairro de Vila Isabel.
Nos primeiros dias de seu internamento, Aldir não conseguiu vaga imediatamente em um centro de tratamento intensivo (CTI). Sua filha, Isabel Blanc, começou uma campanha nas redes sociais para arrecadar doações e conseguir transferir o pai para uma unidade particular. "Nem sei explicar o sentimento dessa rede de amor. Sou muito grata a cada um", chegou a declarar na época. No dia 14 de abril, surgiu uma vaga na rede pública e Aldir foi transferido. Em um primeiro momento, a covid-19 chegou a ser descartada, mas novos exames apontaram indicativos da doença.
Ao longo do dia, levantou-se a possibilidade de Adir Blanc ter cometido suicídio, o que foi confirmado ainda nesta segunda-feira (04).
É de Aldir Blanc a composição de O Bêbado e a Equilibrista, criada em parceria com João Bosco. A canção ficou eternizada na voz de Elis Regina. Também são dele obras como O Mestre-Sala dos Mares, De Frente Pro Crime e Bala com Bala. Bosco suspendeu o lançamento de um disco, previsto para o dia 17 de abril, preocupado com o parceiro de longa data.
Sua lista de parcerias passa por nomes como Edu Lobo, Roberto Menescal, Moacyr Luz, Ivan Lins e alguns outros grandes nomes. Aldir também era reconhecido em sua trajetória como cronista, publicando alguns livros e contribuindo com jornais de todo o Brasil.
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