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Em entrevista conturbada, Regina Duarte minimiza mortes na Ditadura, e cita Hitler e Stalin

Secretária de Cultura bateu-boca com apresentadores da CNN por conta de fala de Maitê Proença

Douglas Hacknen
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Douglas Hacknen
Publicado em 07/05/2020 às 19:57 | Atualizado em 07/05/2020 às 21:24
REPRODUÇÂO/CNN
A secretária concedeu entrevista à rede televisiva CNN - FOTO: REPRODUÇÂO/CNN

Em uma conturbada entrevista ao vivo à CNN, nesta quinta-feira (7), a secretária especial da Cultura, Regina Duarte, fez declarações polêmicas a respeito de regimes ditatoriais e bateu-boca com os apresentadores da bancada. Para Regina, as pessoas não devem ficar carregando o peso de mortes que ocorram em décadas passadas e citou os crimes de Stálin e Hitler. “Se ficar cobrando coisas que aconteceram nos anos 60, 70, 80, a gente não vai para a frente”, disse.

“A humanidade nunca para de morrer”, comentou. Regina, logo em seguida começou a cantar a música “Para frente, Brasil”, tema da seleção brasileira na Copa de 1970. A atriz de 73 anos falou ainda que "sempre houve tortura" no Brasil e minimizou as mortes causadas durante a Ditadura Militar (1964-1985).

"Se você fala em vida, tem morte. Stalin, quantas mortes? Hitler, quantas mortes? Não quero arrastar um cemitério de mortos nas minhas costas. Não desejo isso para ninguém. Sou leve, viva, estamos vivos, vamos ficar vivos", completou.

O assunto rapidamente virou um dos mais comentados no Twitter. Criticas da classe artisticas cairam sobre a secretária após a repercussão. 

Mensagem de Maitê Proença irritou Regina Duarte

Regina Duarte se irritou com mensagem enviada pela também atriz Maitê Proença, que foi reproduzida durante entrevista. "Baixo nível isso? Vão colocar fala dela?", questionou Regina, visivelmente irritada. "Vocês estão desenterrando esse vídeo para quê? O que vocês ganham com isso?", completou a secretária, perguntando para o repórter ao seu lado e para os âncoras, no estúdio da CNN.

A fala de Maitê foi essa: "A cultura está perplexa com a falta de informação com o que tem sido feito: o proposto daquilo que foi prometido: o proposto. É inexplicável o silêncio sobre uma política para o setor. Nós estamos sobrevivendo de vaquinhas. Nesse túnel cumprido, e sem futuro a vista para arte, que afinal, se faz juntando gente. Mas, afinal, até quando isso vai se sustentar. São muitos poucos os que têm reservas financeiras para milhares [de artistas] que estão à míngua. Enquanto isso, morrem os nossos gigantes: Rubens, Aldir... Nenhuma palavra de nosso presidente, de nossa secretária. Regina, eu apoiei desde o início o seu direito a posição que divergia da maioria. Regina, fala com a gente", diz o vídeo de Maitê.

 

Fico no governo!

Ao falar sobre sua permanência no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ela evitou mencionar as rusgas que ocorreram entre os dois e afirmou que o atual chefe do Executivo ainda é a melhor opção. "Eu apoio o governo Bolsonaro porque acredito que ele era e continua sendo a melhor opção para o país.

"Demissão? Que demissão? Lá fora, pelo menos, as pessoas parecem ter uma ansiedade em me verem fora. Falam 'agora ela cai, agora ela cai'. Está um clima super bom, ele estava leve", completou.

 

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