Gastrô

Tempero da Rosa leva cozinha caseira pernambucana aos lares isolados

O restaurante funciona no térreo do histórico Hotel Central e prepara pratos especiais durante toda a semana em esquema de delivery do centro do Recife até a zona sul

Flávia de Gusmão
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Flávia de Gusmão
Publicado em 25/06/2020 às 11:50 | Atualizado em 25/06/2020 às 11:50
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GALETO RECHEADO É UM DOS PRATOS OFERECIDOS PELO TEMPERO DA ROSA - FOTO: DIVULGAÇÃO

Cozinheira de mão cheia, Rosa Maria, proprietária do Tempero da Rosa, restaurante que funciona no térreo do charmoso e histórico Hotel Central na Boa Vista, adaptou-se tão bem aos tempos de delivery que decidiu atravessar a ponte e entregar em Boa Viagem. "Na verdade, foram os clientes que me levaram a tomar essa decisão. Se não houvesse demanda, eu não me arriscaria. Agora temos os nossos motoboys".

A comida de Rosa é pernambucana e caseira. O cardápio varia diariamente e é enviado pelo o WhatsApp para a clientela cadastrada. No entanto, alguns pratos são servidos em dias específicos e é prudente fazer reserva. Caso da galinha à cabidela com farofa de jerimum servida às quintas-feiras e sábados (R$ 18). Também aos sábados, tem o galeto recheado com farofa de bacon (R$ 30) e a dobradinha pernambucana (R$ 20).

Mas, fique de olho no menu, pois há muita receita boa que é preparada de acordo com a feira do dia. "O que estiver mais fresco, mais bonito, vai pra panela", conta Rosa. O arrumadinho de charque (R$ 20) e o camarão ao forno (R$ 20) são dois casos. Vale ressaltar que a fartura é marca registrada do Tempero da Rosa. O galeto, por exemplo, satisfaz três com folga.

Taxa de entrega até a altura da Antônio Falcão é R$ 10,00 e R$ 12,00 depois disso até o terminal.

HISTÓRIA DE ROSA

Ex-funcionária do Hotel Central, Dona Rosa recentemente arrendou o negócio por inteiro, assumindo toda a operação, mas sem deixar de fazer a alegria de quem, antes do distanciamento social, ali ia para fazer as refeições - café da manhã, almoço e jantar para quem quisesse, não apenas os hóspedes. O mesmo lugar em que, Ao longo dos seus 90 anos de história, já comeram na passaram pelo Hotel Central personalidades como Getúlio Vargas, Carmem Miranda e Orson Welles. O lugar é uma das joias do bairro da Boa Vista.

São tempos mais sóbrios do que aqueles. Não há mais garçons de fraque, talheres de prata ou mobília em jacarandá. Luxo é o sorriso discreto e constante da dona da casa e o primor da comida caseira, além da arquitetura eclética e bem preservada daquele que chegou a ser o mais alto prédio da cidade. Uma edificação icônica.

 

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'TEMPERO DA ROSA' OCUPA ESPAÇO HISTÓRICO COM CULINÁRIO CASEIRA - DIVULGAÇÃO

"Não suporto caldo industrial de cubinho, isso é coisa de preguiçoso. Um verdadeiro molho madeira tem que ser feito com caldo de carne de verdade. Demora", diz ela, que aprendeu os pratos clássicos e icônicos da cozinha portuguesa, como seu bacalhau em natas, com seu pai. Taifeiro, seu Badu trabalhou por anos nas cozinhas dos grandes navios de cruzeiro.

Em que outro lugar do Recife podemos comer uma peixada servida individualmente? No Tempero na Rosa, o prato vem com uma posta farta de peixe firme, legumes bem cozidos, tudo à escabeche, ou seja, no caldo do próprio peixe. A peixadinha de dona Rosa é um primor. Amarelinho e fumegante, ovos por cima, o pirão quase rouba a cena do pescado. O peixe de coco, a cabidela, o fígado, o cozido ou bife de panela, tudo feito com simplicidade, carinho e critério.

Sucesso recente é o galeto inteiro recheado com farofinha de bacon, escoltado por batatas e cebolas ao forno, e ainda acompanhado por arroz soltinho, feijão macáçar e vinagrete.

De segunda a sábado, no térreo do Hotel Central – Avenida Manoel Borba, 209, Boa Vista, Recife. Pedidos pelo (81) 99774.3428.

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TEMPERO DA ROSA OCUPA ESPAÇO HISTÓRICO COM CULINÁRIO CASEIRA - FOTO:DIVULGAÇÃO

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