Criado no século XIII, a solenidade de Corpus Christi, que em latim significa "corpo de Cristo", se trata de uma celebração à instituição da eucaristia, que representa, por meio da hóstia consagrada, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Comemorada nesta quinta-feira (11), a data não é considerada oficialmente feriado nacional, mas sim ponto facultativo, como determinado no Diário Oficial da União divulgado em dezembro do ano passado. Desta forma, os órgãos públicos e privados puderam decidir entre ter ou não expediente.
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Celebrado há mais de 700 anos por seguidores da fé católica, a celebração de Corpus Christi acabou se transformando em uma das cerimônias mais influentes e prestigiadas do catolicismo. De acordo com Dom Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife, a data é uma forma de honrar e homenagear o sacrifício de Cristo, além de mostrar "reverência e gratidão à Jesus por esse presente que Ele nos deu, a eucaristia que alimenta a nossa vida espiritual e nos dá forças para superar as dificuldades”.
Por ser, obrigatoriamente, celebrado em uma quinta-feira, há exatos 60 dias após a Páscoa, o Corpus Christ é uma data móvel. Isso acontece em referência à Última Ceia de Cristo, que de acordo com a tradição cristã, foi realizada neste dia da semana. No Brasil, as comemorações da data começaram com a chegada dos portugueses e a tradicional confecção de tapetes de areia, borra de café e serragem com o desenho de cenas, símbolos e palavras significativas para a fé católica, além de grandes procissões, que permanecem até hoje.
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Neste ano, por conta da pandemia do novo coronavírus e das medidas de distanciamento social, as tradições de Corpus Christ tiveram que se adaptar. Em muitas lugares, por exemplo, as missas estão sendo realizadas de forma online, através de transmissões ao vivo. Diversas famílias também podem optar por reproduzir a cerimônia de celebração em casa, além disso, padres e demais autoridades católicas de todas as regiões poderão passar com o Santíssimo Sacramento em carro aberto, em frente às ruas das cidades, principalmente onde houverem igrejas, hospitais, abrigos de idosos e presídios, como forma de levar a benção aos que mais precisam.
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