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O que esperar da segunda temporada de 'Coisa Mais Linda'?

Série nacional original da Netflix estreia novos episódios nesta sexta-feira (19)

Robson Gomes
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Robson Gomes
Publicado em 18/06/2020 às 19:59 | Atualizado em 18/06/2020 às 19:59
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Pathy Dejesus, Maria Casadevall, Mel Lisboa e Larissa Nunes vivenciam os desafios das mulheres nos anos 1960 - FOTO: ALINE ARRUDA/NETFLIX
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Sucesso na estreia em 2019, a série nacional Coisa Mais Linda volta na Netflix para a sua segunda temporada a partir desta sexta-feira (19). Apresentada em seis episódios, a obra original da plataforma segue a tendência de manter o formato que fez a sua fama: histórias centradas em quatro mulheres fortes que fazem a diferença em suas vidas em pleno Rio de Janeiro dos anos 1960, que lidam com questões como racismo, empoderamento e machismo.

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O Jornal do Commercio teve acesso aos quatro primeiros episódios deste segundo ciclo. E logo percebemos que a série não demora muito para revelar a perda de Lígia (Fernanda Vasconcellos), vítima de feminicídio. A morte da então promissora cantora afeta diretamente na vida de suas amigas Thereza (Mel Lisboa), Adélia (Pathy Dejesus) e, principalmente, Malu (Maria Casadevall), que vê sua vida bagunçada não só por esta fatalidade, como ainda tem que lidar com o retorno de Pedro (Kiko Bertholini), seu marido. O primeiro episódio, intitulado Sobre Viver, destaca esse momento de superação e do reencontro de Malu com a sua verdadeira personalidade transgressora, à frente do seu tempo.

Em Compromissos, segundo episódio, notamos o crescimento do núcleo de Adélia, que ganha uma bela festa de casamento no candomblé com o Capitão (Ícaro Silva) e ainda alça a sua irmã Ivone (Larissa Nunes) ao posto de quarta protagonista da série, ocupando o espaço deixado por Fernanda Vasconcellos. Apesar de ser pequena na primeira temporada, a partir de agora, sua personagem ganha destaque e se revela também uma grande cantora. 

O espaço da mulher no mercado de trabalho tem um pouco mais de espaço no terceiro capítulo – Jeitinho Carioca – através do drama de Thereza, que estreia como locutora de rádio, e tenta lidar com o machismo do locutor Wagner (Alejandro Claveaux).

Já o antepenúltimo episódio da temporada talvez seja o mais simbólico e que reafirma a força feminina da série. Só As Mulheres traz um roteiro escrito – Patricia Corso – e dirigido por uma mulher – Julia Rezende – e destrincha, mais uma vez, os dramas pessoais de cada protagonista, que se revelam consistentes e orgânicos para a história.

Considerando este início, a segunda temporada da série Coisa Mais Linda se mostra não só mais madura dramaturgicamente, através do bom roteiro e desempenho de suas protagonistas, como também consegue dar recados importantes e necessários sobre ser mulher, não apenas pelos dramas que estão sendo vividos naquela ficção dos anos 1960, mas que tem o poder de provocar e levantar questões que ainda precisam debatidos e revistos em pleno ano de 2020.

VEJA O TRAILER DE 'COISA MAIS LINDA':

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AUTONOMIA Thereza (Mel Lisboa) luta por mais espaço no mercado de trabalho - FOTO:ALINE ARRUDA/NETFLIX
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TRAUMA Malu (Maria Casadevall) tenta lidar com a perda da amiga e o retorno de seu marido, Pedro (Kiko Bertholini) - FOTO:ALINE ARRUDA/NETFLIX
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DESABROCHAR Ivone (Larissa Nunes) cresce na segunda temporada e chega ao posto de protagonista - FOTO:ALINE ARRUDA/NETFLIX
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REPRESENTATIVIDADE Adélia (Pathy Dejesus) encara dramas familiares e também o racismo - FOTO:ALINE ARRUDA/NETFLIX

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