LITERATURA

Lançamentos de livros infantis, HQ e revista acadêmica marcam a programação de julho da Massangana

Editora ligada à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) lança oito novos títulos e promove lives semanais com autores

Valentine Herold
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Valentine Herold
Publicado em 09/07/2020 às 16:00
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FUNDAJ Mário Hélio Gomes está no comando da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte - FOTO: DIVULGAÇÃO/ FUNDAJ

Desde que precisou fechar suas portas para o público, no início da quarentena, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) tem se mostrado atenta às necessidades do momento ao investir em diversos eventos virtuais e gratuitos. Em abril, para comemorar o Dia Nacional do Livro, a instituição realizou uma grande festa digital de 16 horas de duração para celebrar a literatura e mês passado lançou uma parceria com o escritor português Gonçalo M. Tavares, para citar algumas das iniciativas. Durante este mês de julho a literatura dá novamente o tom da programação da Fundaj com o lançamento de oito títulos pela editora Massangana, um por semana, sempre às sextas, com lives no YouTube.

A programação teve início no último dia 3 com a HQ do cartunista Lailson de Holanda Cavalcanti, intitulada Joaquim Nabuco: a Voz da Abolição. O ponto de partida para transformar parte da história do abolicionista pernambucano foi seu diário. O livro aborda, em quadrinhos, a vida de Joaquim Nabuco desde a infância e pode ser baixado de maneira gratuita no site da Fundação. Hoje é a vez da Coleção Travessias, de livros infantis, ilustrados por Maurizio Manzo, cujo foco é abordar questões de direitos humanos através de uma narrativa ficcional, promovendo uma ponte entre Brasil e Cabo Verde. A live acontece às 17h, com participação da organizadora Joana Cavalcanti, da autora Luana Freire e mediação de Maurício Manzo.

“Essa coleção almeja que crianças e professores que têm como berço a língua portuguesa, sobretudo em Cabo Verde e no Brasil, possam transformar as suas vidas e seus contextos a partir da leitura, da reflexão crítica, construindo ‘mundos no mundo’ por meio da solidariedade, da empatia e do respeito ao outro”, comenta Joana. O box reúne os títulos Travessia Para se Ensinar a Ler o Mundo em Prol de uma Cultura de Paz, organizado por Joana Cavalcanti, e que inclui, além do seu próprio texto, os de Sandro Cozza Sayão e de Maria Ferreira; Tudo tem Cor, de Sandro Cozza Sayão; Olha o Mundo, de Luana Freire; e Os Sapatos de Amarati, de Joana Cavalcanti.

 

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LANÇAMENTO O box de quatro livros intitulado Travessia aborda questões de direitos humanos em narrativas de ficção para crianças - DIVULGAÇÃO/ FUNDAJ

"As lives e outros diversos eventos digitais, resultaram e resultam de um esforço de adaptação, sem abrir mão da qualidade. A dinâmica dos lançamentos é parte disso, e a programação semanal busca dar o devido destaque e a atenção merecida a cada um dos títulos. A receptividade do público tem sido excelente, e vem crescendo a cada nova iniciativa", aponta o jornalista e escritor Mário Hélio Gomes, responsável pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), da Fundaj.

Próximos lançamentos

Seguindo a agenda, dia 17 será divulgada a Coleção Cinemateca Pernambucana, a partir de dois títulos: A brodagem no cinema pernambucano, de Amanda Mansur, e Verouvindo: audiodescrição e o som do cinema, de Liliana Tavares. No dia 24, Roberto Beltrão e Rúbia Lóssio apresentarão o Almanaque Pernambucano dos Causos, Mal-assombro e Lorotas. Encerrando esse ciclo de lançamentos, no dia 31, Alexandrina Sobreira, pesquisadora da Fundação Joaquim e editora da revista Ciência & Trópico, lançará o número 43 desse periódico, que reúne artigos acadêmicos sobre temas diversos, como reforma agrária no Sertão, questões de violência urbana e a literatura como instrumentalização nas relações internacionais, entre outros.

"Os livros que estão sendo lançados pela Editora Massangana concretizam o esforço de mais de uma equipe e até de mais de uma gestão. São realmente variados os títulos e plurais. Isto reflete a própria Fundação Joaquim Nabuco. Além dos tradicionais estudos de sociologia, economia, antropologia e todo um trabalho e acervo do patrimônio documental, histórico, também há outras áreas vigorosas na instituição", pontua Mário Hélio.

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