Aniversariante

Claudia Leitte comemora 40 anos com live especial

Em entrevista especial ao JC, a cantora faz um balanço da vida, carreira e fala sobre a transmissão ao vivo que fará nesta sexta-feira (10)

Robson Gomes
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Robson Gomes
Publicado em 10/07/2020 às 4:40
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Claudia Leitte promete uma live animada para celebrar suas quatro décadas de vida nesta sexta-feira (10) - FOTO: DIVULGAÇÃO

Aniversariante do dia, Claudia Cristina Leite Inácio Pedreira, ou simplesmente, Claudia Leitte, tem muitas razões para comemorar. A cantora e compositora carioca chega aos 40 anos com uma carreira de sucesso, feliz com a família - marido e os filhos Rafael, Davi e Bela. E ela celebra tudo isso junto a seu público, na live especial Quarentando Na Quarentena nesta sexta-feira (10), às 19h30, em seu canal no YouTube.

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Em entrevista ao Jornal do Commercio, a artista faz um balanço destas quatro décadas de vida, parte delas consagrada à trajetória artística. Sentindo-se em plena maturidade, a eterna Claudinha também diz o que aprendeu com esses tempos de pandemia e distanciamento social.

ENTREVISTA // CLAUDIA LEITTE

JORNAL DO COMMERCIO – Desde seu início no Babado Novo, você já cantava de Led Zeppelin a É o Tchan, e assim tem sido o seu repertório até hoje, contemplando do pop ao "axé music raiz" de Salvador. Musicalmente, o que amadureceu na Claudinha de 21 anos e guitarra rosa para a Claudia Leitte que está chegando aos 40?
CLAUDIA LEITTE – Muita coisa mudou ao longo desses anos, mas minha paixão pela música só aumenta e amadurece. Sou uma mulher mais experiente e sinto como se estivesse apenas no começo de toda essa jornada. Ainda tenho muita coisa para experimentar e para criar na música. Fico ansiosa pelo que está por vir e agradecida por tudo o que vivenciei até aqui, por cada trio elétrico, cada álbum e single. É tudo maravilhoso. Costumo dizer que o axé me permite essa pluralidade musical, que é necessária para cantar em cima de um trio por horas e horas. É massa isso! Gosto de cantar para as pessoas com um proposito e isso faz tudo valer a pena. Essa é uma troca de experiência entre eu e o público, que traz consigo uma lembrança gostosa de cada música alinhada a um momento da vida. Isso é gratificante para qualquer artista, poder fazer parte da vida das pessoas através de sua música.

JC ­– A chamada “crise dos 40” chegou para você de alguma forma?
CLAUDIA – Acho que temos que desmistificar isso. É maravilhoso chegar aos quarenta anos. Me sinto uma mulher madura e pronta para me experimentar em ainda mais lugares dentro da música. É como dizem, a vida começa aos quarenta. Por isso estou feliz em festejar através da música e de uma live esse momento tão especial.

JC – A primeira live que você fez nesta quarentena teve um tom mais intimista e nostálgico. Teremos mais Carnaval nesta live especial de aniversário?
CLAUDIA – A primeira live que fiz foi muito especial. Apesar de amar me apresentar para as pessoas em shows ou nos trios, essa experiência através de uma live foi algo completamente novo. Trouxe músicas que passaram por todos os momentos da minha carreira, foi emocionante. Fiquei agradecida com tanto carinho das pessoas e também dos meus patrocinadores. Conseguimos ainda ajudar através de doações as instituições Amigos do Bem, Beleza Escondida e HAM, das quais sou madrinha. Foi um momento marcante. Agora, para a live de aniversário eu estou preparando algumas surpresas. Lógico que a música e alegria do Carnaval não podem ficar de fora.

JC – Já era muito visível uma migração para o digital na forma de consumir música nos últimos anos, mas essa pandemia veio concretizando ainda mais essa tendência. Podemos esperar uma Claudia Leitte ainda mais engajada nas redes sociais daqui pra frente?
CLAUDIA – Também sinto isso. Tenho interagido cada vez mais com meu público através das redes sociais. É uma forma que temos de ficar próximos através da música e trocando experiências diversas.

JC – Como foi a experiência de lançar um álbum em plena pandemia?
CLAUDIA – Ninguém esperava a pandemia ou sabia de que forma tudo iria acontecer. Tinhamos um álbum pronto para presentear os fãs. Adiamos um pouco o lançamento até passar o primeiro entendimento do que estava acontecendo. Em seguida lançamos Bandera Move Part. II e o single e música Rebolada Bruta, com colaboração do MC Zaac. De alguma forma o álbum e a música serviram para levar alegria para as pessoas em suas casas, mesmo em tempos difíceis. Esse é o feedback que tenho recebido dos meus fãs. Espero que a gente passe por tudo isso o quanto antes para lançar mais músicas e nos encontrá-los nos shows para cantar e dançar.

JC – Devido à pandemia, a turnê de divulgação deste álbum foi interrompida. Quando tudo “se normalizar”, já se pensa em um show novo ou você dará sequencia à Tour Bandera?
CLAUDIA – Finalizamos o projeto Bandera Tour. Acredito que sua mensagem veio em encontro, de alguma forma, com o que estamos vivendo. A pergunta central que norteava o projeto é “O que nos move?”. Através dessa reflexão propomos um olhar ao outro, para a saúde e ao amor. É exatamente o que estamos exercitando como nunca nesta quarentena. Espero que isso fique quando tudo passar. Finalizei o projeto com o lançamento de um vídeo que conta um pouco de como surgiu todo o projeto, quando ainda estava grávida de Bela. Quando tudo isso passar, sairemos com projetos novos.

JC – Em quatro décadas de Carnaval, qual a sua melhor lembrança deste período?
CLAUDIA – Não consigo escolher apenas um. Acho que todo ano temos uma novidade, e eu uma experiência nova dentro dessa festa. O meu primeiro Carnaval, ainda criança, foi especial. Assim como a primeira vez que subi em um trio elétrico. Também foi marcante o meu primeiro Carnaval em carreira solo [em 2009], as vezes que puxei o trio grávida e os primeiros Carnavais após o nascimento de Rafael, Davi e Bela.

JC – Muito se tem dito que o axé perdeu a força nos últimos anos. Você sendo uma das maiores cantoras do gênero, não acha que faltam projetos que envolva outros grandes nomes e/ou eventos de grande porte, como fazem os sertanejos, para valorizar o movimento?
CLAUDIA – O axé, assim como funk, o sertanejo e o rock, por exemplo, são gêneros que jamais perdem a sua força. É natural que exista alternância entre eles, faz parte do ciclo da música. O axé, em especial, é um estilo muito plural e que permite a nós cantarmos diferentes ritmos que falam diretamente com o pulsar do coração das pessoas.

JC – Como tem sido a Claudia Leitte “mãe de menina”?
CLAUDIA – Muito especial. Eu amadureci ainda mais com a chegada de Bela. Assim como aconteceu quando Rafa e Davi chegaram. Ser mãe é algo muito especial. Quero fazer o que está ao meu alcance para que eles estejam em um mundo melhor e justo para todos, e que isso comece também com as atitudes deles mesmos em como se relacionam com o outro e com a natureza.

JC – Como Claudia Leitte gostaria de ser lembrada nos próximos 40 anos?
CLAUDIA – Como uma cantora regida pelo amor e que traz um trabalho feito com muita verdade para animar as pessoas. Quero que as pessoas tenham diversas lembranças positivas quando escutarem a minha música e eu tenha conseguido somar na vida do meu público de alguma forma com mensagens e com as minhas experiências.

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