AVC

Tereza Costa Rêgo, pintora pernambucana, sofre AVC no Recife

Tereza Costa Rêgo é um dos maiores nomes da arte modernista em Pernambuco

JC
Cadastrado por
JC
Publicado em 25/07/2020 às 12:14 | Atualizado em 25/07/2020 às 18:14
SÉRGIO BERNARDO/JC IMAGEM
HISTÓRIA Tereza continuava produzindo. ""Quero pintar até não conseguir mais" - FOTO: SÉRGIO BERNARDO/JC IMAGEM

Atualizada às 18h11

A artista plástica Tereza Costa Rêgo, um dos maiores nomes da arte modernista em Pernambuco, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na madrugada deste sábado (25). Com 91 anos, a artista está internada, segundo a família, em estado gravíssimo, no Hospital Santa Joana, nas Graças, Zona Norte do Recife. 

> Tereza Costa Rêgo: a saliva é minha tinta 

> Tereza Costa Rego: aos 90 anos e a pintura sempre presente

A pintora estava na casa da sua filha, Tereza Rozovickwiat, quando sofreu o AVC e foi socorrida. "As informações que temos até agora é que ela teve um AVC e, no caminho ao hospital, sofreu uma parada cardíaca. É um quadro delicado por causa da idade dela, mas estamos esperando notícias positivas", afirmou Jair Pereira, jornalista e amigo da família que está à frente das informações. 

Em entrevista ao Blog Social1, em comemoração aos seus 90 anos, a artista disse que ao logo da vida se arrependia apenas da sua infância e adolescência. Tereza vem de uma clássica família aristocrata pernambucana que, segundo ela, deixavam-a "muito reprimida". Aos 15 anos, a artista começou a estudar pintura na Escola de Belas Artes do Recife, desde que, segundo a família, não assistisse às aulas de modelo nu. "Fui criada numa família muito tradicional de formação judaico-cristã em que tudo era pecado", disse ao especial Pernambuco Modernista, do JC

Foi na Escola que Tereza fez amizades com Brennand, Aloísio Magalhães e Reynaldo Fonseca, grandes nomes da arte plástica pernambucana. No entanto, foi após a morte de Diógenes Arruda, grande líder comunista brasileiro, por quem Tereza foi apaixonada, que ela se entregou inteiramente à arte. 

"Ali, com ele morto diante de mim, enxuguei as lágrimas e resolvi. Chega. Chega de ser a filha do engenho, a bisneta do Conde da Boa Vista, a ex-esposa do juiz, a mulher do líder político. Ali, eu decidi. Seria apenas eu, uma mulher e sua pintura", afirmou em entrevista ao jornal.

Comentários

Últimas notícias