Na próxima terça-feira (25) o Itaú Cultural e o Oceanos — Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa (antigo Prêmio Teçecom) irão divulgar os nomes das autoras e autores semifinalistas da edição 2020. O anúncio, que será realizado através de uma live no YouTube, às 16h, contará com os curadores desta que é uma das mais aguardas premiação da literatura em língua portuguesa.
A linguista cabo-verdiana Adelaide Monteiro, a escritora e jornalista portuguesa Isabel Lucas e os brasileiros Manuel da Costa Pinto, jornalista, e Selma Caetano, gestora cultural, apresentam o conjunto de obras selecionadas e revelam os nomes dos jurados escolhidos para selecionar os 10 finalistas da penúltima etapa deste processo, até chegar aos premiados.
No último mês de abril a organização do prêmio divulgou os resultados da primeira etapa, com dados relativos à quantidade de obras inscritas: foram 1.872, 400 a mais que em 2019. Alguns pernambucanos, como Adelaide Ivánova (13 Nudes), Raimundo Carrero (Colégio de Freiras), Samarone Lima (Cemitério Clandestino), Cida Pedrosa (Solo Para Vialejo), Andrea Nunes (Jogo de Cena) e Cleyton Cabral (Planta Baixa), integram a lista.
O número de editoras inscritas — dentre elas a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) — totaliza 450, o maior entre todas as edições do prêmio. Neste ano, as edições do próprio autor somam 162 livros, representando 8,6% do total das inscrições.
O Oceanos 2020 recebeu também inscrições de escritores de 11 nacionalidades — Angola (com 11 livros), Argentina (2), Áustria (1), Benin (1), Brasil (1.574), Cabo Verde (7), Espanha (4), Moçambique (10), Peru (1), Portugal (156) e Uruguai (2) —, além de 2 luso-angolanos e 2 luso-brasileiros — todos escrevendo e publicando originalmente em língua portuguesa, principal critério do prêmio.
Entre as categorias avaliadas pelo Oceanos, poesia — com 849 livros — corresponde a 45,4% das inscrições; os romances somam 588 obras e representam 31,4% do total; os livros de contos — 289 inscrições — perfazem 15,4%, seguidos por 109 volumes de crônicas — 5,8% — e 37 obras de dramaturgia — 2%. Todos os livros concorrem entre si, uma vez que o Oceanos elege as três melhores obras publicadas no ano anterior ao da premiação sem distinção de gênero literário.
Em virtude da pandemia e em respeito à saúde dos jurados, as análises e votações desta edição do Oceanos estão sendo realizadas em modo digital, com a aplicação de tecnologia do Núcleo de Inovação do Itaú Cultural, parceiro do projeto.
Na segunda etapa, o júri intermediário — formado por sete profissionais de pelo menos duas nacionalidades — será responsável por escolher os 10 finalistas entre os semifinalistas. Na terceira e última etapa, o júri final — formado por outros sete profissionais de pelo menos duas nacionalidades — será encarregado da decisão dos três vencedores. O valor total do prêmio desta edição soma R$ 250 mil.
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