Tão distantes foram as vidas de Clarice Lispector e Macabéa, a personagem de seu derradeiro romance, A Hora Estrela (Rocco, 88 pgs., R$ 19,90). A nordestina órfã e solitária, datilógrafa no Rio de Janeiro, tem como principal traço de personalidade uma ausência quase que total dela mesma. O que levou Clarice, que construiu uma obra existencialista densa e única, a criar esta protagonista?
O centenário da escritora se aproxima e reler este que foi seu último romance publicado (em 1977, ano de seu falecimento) é uma experiência elucidativa e provocadora. A morte está o tempo todo presente ao longo desta curta e envolvente narrativa. Através do narrador Rodrigo S.M, Clarice desabafa sobre o fazer literário e a pulsão da vida.
Outras notícias da coluna Escrita desta terça-feira (15):
- E por falar em Clarice Lispector...A coordenadoria de Literatura da Secult-PE deu início, no último dia 10, à uma programação semanal para celebrar o centenário da autora. Intitulada Clarice Lispector 100 anos – A paixão segundo…, a iniciativa reúne apenas artistas mulheres que possuem uma estreita relação com a obra da autora. Fátima Quintas abriu os trabalho e, esta quinta (17), é a vez da jornalista Geórgia Alves.
Fecham a programação, juntas, Teresa Monteiro e Taciana Oliveira no dia 24 de setembro. As lives são transmitidas no canal oficial da Secult-PE/Fundarpe no YouTube, as 20h, com mediação do Beto Azoubel.
- A livraria temporária Eu Amo Ler desembarcou na última quinta no Shopping Guararapes e fica até 10 de outubro. Cerca de 300 títulos, com preços que varia de R$ 5 a R$ 60, estão disponíveis. O projeto existe há 10 anos e acontece em diversas cidades brasileiras.
- O Sebo Casa Azul, do poeta Samarone Lima, que por 3 anos e meio fez a alegria de tantos leitores, vai fechar as portas. Para se despedir, Samarone está realizando um saldão dos livros com até 70% de desconto.
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