MODELO DE AÇÃO

Reteteu, do chef Thiago Chagas, incuba o projeto Severina e apresenta novidades

Restaurante reabre cumprindo as normas de segurança e investe no delivery

Flávia de Gusmão
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Flávia de Gusmão
Publicado em 17/09/2020 às 9:15
WAGNER RAMOS/DIVULGAÇÃO
THIAGO DAS CHAGAS - FOTO: WAGNER RAMOS/DIVULGAÇÃO
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Quem está igualmente de volta, para a alegria dos fãs que chegam cedíssimo e fazem fila na porta, é o Reteteu, do chef Thiago das Chagas. O distanciamento social, inegavelmente necessário, foi um balde de água gelada no empreendimento que estava em voo de cruzeiro depois de enfrentar as turbulências obrigatórias a partir da decolagem. O restaurante que ia a pleno vapor correu risco de deixar de existir, demitiu 17 dos 34 funcionários, mas, com a normalização do fluxo, já começa a readmitir.

A capacidade foi reduzida de 35 mesas para 24 e o menu também passou por enxugamento. A área interna de espera foi resumida e, lá, não mais são servidos drinques e entradas.

O Reteteu superou o momento adverso e retornou com novidades, uma delas é o delivery. O projeto, que só ia ser deslanchado muito lá na frente, foi uma resposta parcial ao fechamento, e veio para ficar, uma vez que já conquistou 20 a 30% do faturamento total da casa, que, aliás, foi remodelada para melhor operar neste sistema.

Por enquanto, entregas só no Centro e Zona Norte. A Zona Sul chora. Thiago faz questão de operar com aplicativo próprio, uma forma de protestar contra a precarização do trabalho da mão de obra utilizada em outros aplicativos massivos.

A outra empreitada comandada por Thiago é a incubação do projeto Severina, uma lojinha que abriga artigos alimentícios oriundos de pequenos produtores: passas de caju, manteiga de garrafa, queijo manteiga, e por aí vai.

O nome de batismo é homenagem à avó, que morou na casa que hoje abriga o restaurante. O Severina dá início agora a sua segunda fase: quando, além de loja, se torna uma consultoria para os pequenos produtores.

A primeira iniciativa incubada pelo Severina é o tomate-cereja cultivado em Macaparana pela empresa Baobarba. Utilizando o fruto como ingrediente em destaque, Thiago criará uma coleção de pratos para serem inseridos em seu cardápio. O fornecedor receberá, durante três meses, orientações sobre marketing, embalagens, mídias sociais, enfim, tudo o que for ajudar a dar mais visibilidade ao produto. O próximo encubado já foi escolhido: a goiabada produzida por uma cultivadora de Chã Grande. O lucro do restaurante é zero, bom que se diga.

 

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