A classe artística pernambucana tem aguardado ansiosamente o lançamento dos editais de fomento à cultura que integram as ações da Lei Aldir Blanc, criada para garantir renda emergencial para os trabalhadores da cultura. Na última semana, representantes da Rede de Gestores de Espaços Culturais de Pernambuco redigiram uma carta de repúdio entregue aos gestores da Prefeitura do Recife e do Governo do Estado, exigindo explicações sobre a demora.
"Participamos dos debates para a criação dos editais e a promessa é que fossem lançados no final de setembro. Estamos na segunda semana de outubro e ainda no aguardo. Essas medidas são emergenciais e precisam ser colocadas em prática com urgência. A classe está sofrendo, muitos espaços não têm mais condições de se manter, outros acumulam dívidas. A situação é preocupante", explica Fátima Pontes, da Escola Pernambucana de Circo.
Em nota, a Prefeitura do Recife, que gerenciará cerca de R$ 10,8 milhões em recursos da Lei para serem investidos na manutenção de espaços culturais e em editais de fomento, afirmou que nos próximos dias, serão anunciados os mecanismos e critérios para o cadastramento dos espaços e lançados os editais.
A Secult-PE também ressaltou que a formatação dos editais propostos no inciso III da Lei Aldir Blanc contou com a contribuição dos Conselhos Estaduais de Política Cultural e de Preservação do Patrimônio Cultural, além do Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco, e que também devem ser lançados até o fim desta semana.
Até sexta-feira, a Secult-PE promove encontros virtuais para tirar dúvidas sobre os editais, sempre das 14h às 16h, via Google Met. Hoje, o debate é sobre o Edital de Difusão e Fruição; amanhã, sobre o de Formação e Pesquisa e, na sexta, sobre o de Festivais.
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