Festival

No Ar Coquetel Molotov anuncia 17º edição para janeiro de 2021

Em nova versão virtual, o Coquetel trará uma grade de propostas e experimentação em festival e entretenimento

João Rêgo
Cadastrado por
João Rêgo
Publicado em 18/11/2020 às 16:22 | Atualizado em 18/11/2020 às 16:37
Foto: Tiago Calazans/Divulgação
O Coquetel Molotov chega a sua 17º, adiada para 2021 - FOTO: Foto: Tiago Calazans/Divulgação

Um dos principais festivais de música do Recife, o No Ar Coquetel Molotov já tem data definida para sua edição em 2021. O evento será realizado de 11 a 23 de janeiro de 2021, em modelo virtual e inovador. 

Com patrocínio da Natura Musical, TNT Energy Drink, Itaipava e Uninassau, o Coquetel trará uma nova grade de propostas e experimentação em festival e entretenimento. A ideia é a criação de um formato imersivo e sensorial híbrido, onde dinâmicas virtuais unirão música, arte, mundo 3D, workshops, mentorias, oficinas e uma série com shows inéditos de mais de 20 artistas nacionais e internacionais.

A 17º edição do evento chega após o bem-sucedido Coquetel Molotov.EXE realizado ainda neste ano. "Em agosto conseguimos juntar cerca de 10 mil pessoas para experimentar um formato inédito, o Coquetel Molotov.EXE, que nos rendeu a indicação para Prêmio Inovação na Web pelo WME Awards e a capacidade de multiplicar ainda mais as nossas possibilidades", conta Ana Garcia, diretora do CQTL MLTV. 

Leia também: Documentário sobre Hector Babenco será o representante do Brasil no Oscar

Leia também: Baile Perfumado promove a programação online

Propondo inovar nesta nova versão, o festival vai criar uma série conceitual gravada entre elementos naturais como a vegetação, as montanhas, o som dos animais, o açude do espaço Criatório, estúdio de gravação e ateliê localizado em Gravatá. Benke Ferraz, produtor e guitarrista do Boogarins, é quem assina direção musical da série que tem produção audiovisual da Bateu Castelo e gravação de áudio pela Fábrica Estúdios.



Com uma curadoria voltada para cenas artísticas pernambucanas, o Coquetel Molotov também aposta na criação de uma convocatória, que irá promover mentorias para carreiras artísticas em início de construção. 

O objetivo é impulsionar o cenário independente de Pernambuco, através de um edital próprio, onde os novos artistas terão a oportunidade de se inscrever para participar de capacitações envolvendo produção musical, oportunidades de visibilidade e inserção no mercado da música a nível local e nacional com instrutores como Ana Morena (Festival DoSol), Benke Ferraz (Boogarins), Marina Amano (Listo Music) e Mazili Benning (PE Squad).

O formulário de inscrições da convocatória já podem ser acessados, de 18 a 29 de novembro, através no endereço: https://coquetelmolotov.com.br/novo/convocatoria-de-talentos-musicais-para-mentoria-e-qualificacao/.

HANNAH CARVALHO/ DIVULGAÇÃO
A produtor musical Ana García, idealizadora do festival Coquetel Molotov - HANNAH CARVALHO/ DIVULGAÇÃO

Workshops:

Aprovado na Chamada Pública de Projetos de Residência Artística do Programa Pontes, uma parceria entre o Oi Futuro e British Council, o festival No Ar Coquetel Molotov vai promover ainda uma imersão que envolve um workshop junto a um processo imersivo de criação coletiva.

Ainda sob a perspectiva de inovação de 2020, o festival criou o Conselho CQTL MLTV, reunindo diversos produtores, artistas e curadores do Brasil, formulando possibilidades que reforcem o compromisso do festival com a música, a igualdade de gênero, a acessibilidade, a inclusão e a preservação do meio ambiente. Entre os nomes, estão o de Laura Damasceno, Carol Mattos, Thamires Cordeiro, Jorja Moura, Mariama da Mata e Ana Flor.

O Coquetel também lançou um Manifesto que ressalta a importância da participação do público na construção do MLTV. Confira na íntegra:

"Isso não é um manifesto.

Com o passar dos últimos meses aprendemos que existem poucas certezas na vida.

Sabiamos que existe uma necessidade natural de nos sentirmos rodeadas - por mentes e corpos, abstrações e relatos, escapes e vivências. Um impulso que nem mesmo uma pandemia global foi capaz de nos tirar.

Assim como músicos, que há muito dependem exclusivamente de encontros presenciais para levar seu trabalho adiante, produtoras culturais do mundo todo se viram obrigadas a ressignificar seus eventos - tanto para manter contato com seu público, quanto para sobreviverem. Vivemos a era do streaming há alguns anos, seja escutando música pelo celular ou vendo filme no computador. Mas agora, com tudo parado, os festivais independentes viram nas transmissões o único modo de continuar, se pautando por formatos que até então não dominamos - não mais criando experiências únicas para suas cenas. Para nós o desafio estava aí.

Como transformar o que esperamos do CQTL MLTV em algo a ser consumido diante de uma tela? Por que fazer isso?

Temos a sorte de ter uma missão bem definida nesses 17 anos de festival que é defender a voz do independente. Essa missão - impulsionada pelas premissas de inclusão, equidade de gênero, sustentabilidade e acessibilidade e tudo que acolhe a partir desse básico- a cada dia é mais urgente. Nós temos em você nesta comunidade que ao longo dos anos nos abraçou e incentivou a fazer algo extraordinário ano a ano e isso é a nossa história, nosso processo constante, juntos tornando o CQTL MLTV espaço para várias artistas inovadoras, ousadas e poderosas que conseguem expressar de forma criativa as suas experiências vividas.

A ÚNICA CERTEZA É QUE QUEREMOS ESTAR JUNTAS."

Comentários

Últimas notícias