REGGAE

Combo X lança single parceria com Valdi Afonjah

No novo single, Combo X mergulha no reggae para criar uma canção envolvente e política nascida de trocas de mensagens durante a pandemia

Daniel Ferreira
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Daniel Ferreira
Publicado em 11/12/2020 às 17:00
KARLA FAGUNDES/DIVULGAÇÃO
DISCO Líder do grupo, Gilmar Bolla 8 já planeja novo trabalho, mais dedicado às percussões - FOTO: KARLA FAGUNDES/DIVULGAÇÃO

“Não tem auxílio emergencial que cure a usura do pecado capital”, foi a linha pontapé do single “Seguindo pela estrada iluminada”, uma parceria contagiante e política do Combo X, de Gilmar Bolla 8 e Bactéria, e Valdi Afonjah, um dos pioneiros do reggae e da música negra no Recife. Composta de frente ao computador, através de trocas de mensagens entre os confinados Gilmar Bolla 8 e Valdi Afonjah, a música é um reggae viciante com toques de hip hop, percussão e experimentações eletrônicas. A faixa chega às plataformas de streaming hoje (11).

 

“Um dia no estúdio mandei uma mensagem para o Valdi e começamos uma conversa sobre a Jamaica e a minha vontade de tocar lá com o Combo X. Comentei o quanto sou fã do Sizzla (músico jaimaicano). Valdi lembrou que nas suas viagens à Jamaica apresentou da Lama ao Caos (Chico Science e Nação Zumbi) e os músicos que estavam na hora pediram para ficar com o álbum. Aí, ele lançou o desafio para o Combo X gravar um reggae e eu aceitei na hora”, lembra Gilmar. “Alguns minutos depois recebi uma letra e ele pediu que eu colaborasse. Escrevi umas rimas e mandei de volta. Ainda no mesmo dia, finalizamos a letra trocando algumas mensagens”, resume.

 

Com a letra em mãos, foi a hora de convocar Bactéria que começou a experimentar nas melodias e fez a base dos arranjos. O single conta ainda com a colaboração de Thiago Brandão (guitarra e programações), Rinaldo Carimbó (percussão) e Izídio Lê (sopros). “Queríamos ir além do reggae e flertar com o hip hop, com a música negra e os ritmos pernambucanos. Acho que conseguimos”, conclui Bactéria. O resultado foi uma canção contagiante e envolvente, que chega a parecer um mantra mesmo tratando de questões políticas e de sobrevivência.

 

A capa do disco é uma atração à parte. A arte assinada por Renê Nascimento traz uma nota de 200 reais com um caranguejo e uma antena ao lado do lobo guará.

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