Cinema

Novo Cine PE 2020 elege 'Mulher Oceano', de Djin Sganzerla, como o melhor filme

Longa também venceu nas categorias de melhor atriz, montagem e direção de arte

Márcio Bastos
Cadastrado por
Márcio Bastos
Publicado em 18/12/2020 às 12:17 | Atualizado em 18/12/2020 às 13:43
DIVULGAÇÃO
RECONHECIMENTO Além de dirigir o filme 'Mulher Oceano', Djin Sganzerla também atua no longa-metragem - FOTO: DIVULGAÇÃO

Mulher Oceano, da paulistana Djin Sganzerla, foi eleito pelo júri oficial o melhor longa-metragem do Novo Cine PE 2020, edição virtual do festival de cinema pernambucano. O trabalho levou ainda os Calungas de Prata (troféu do evento) nas categorias de melhor atriz (também para Djin Sganzerla), montagem e direção de arte.

O longa-metragem acompanha duas brasileiras que têm uma profunda ligação com o mar: uma escritora que está vivendo em Tóquio e uma atleta de travessia oceânica no Rio de Janeiro. As histórias de ambas se cruzam quando, sem perceber, a nadadora estranhamente tem seu corpo transformado em uma espécie de Oceano interior. 

Já o documentário gaúcho O que pode um corpo?, de Victor Di Marco e Márcio Picoli, venceu os prêmios de Melhor Curta Nacional e Melhor Roteiro, além dos Calungas de Trilha Sonora e Melhor Fotografia. Na Mostra Competitiva de Curtas Pernambucanos o vencedor foi a animação Nimbus, de Marcos Buccini, também agraciado com Melhor Roteiro (assinado por Diego Credidio, Luciana De Mari, Isabella Aragão e o próprio Marcos Buccini).

>> Leia também: Cine PE se adapta ao modelo digital e pode ser visto em casa

>> Leia também: 'Mulher-Maravilha 1984' é obra única no universo dos filmes de herói

O longa-metragem documental Memórias Afro-Atlânticas, da baiana Gabriela Barreto, também se destacou, recebendo os Calungas de Melhor Direção e Melhor Roteiro, além de ter sido o escolhido pelos críticos especializados Júlio Bezerra (MS), Marco Tomazzoni (SP) e Maria Caú (RJ) como o melhor longa de acordo com o Júri da Crítica.

Os seis longas e 31 curtas exibidos na 24ª edição do NOVO CINE PE foram avaliados por 11 jurados selecionados para o Júri Oficial. São eles: Adriano Portela (PE), Sérgio Rezende (RJ), Kalyne Almeida (PB), Sandra Ribeiro (PE), Bianca de Felippes (RJ), Ilona Wirth (BA), Vitor Burigo (SC), Cacá Soares (PE), Paula Barreto (RJ), Beto Rodrigues (RS) e Paulo Mendonça (RJ).

O Canal Brasil, que nesta edição foi o exibidor oficial do NOVO CINE PE, concedeu o Prêmio Canal Brasil de Curtas ao filme Manaus Hot City, de Rafael Ramos (AM). 


Confira todos os premiados no Novo Cine PE 2020:


MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS

Melhor Filme – Nimbus, Direção: Marcos Buccini / Animação

Melhor Direção – Felipe Soares – Filme: O Menino que morava no som / Ficção

Melhor Roteiro – Diego Credidio, Luciana De Mari, Isabella Aragão, Marcos Buccini – Filme: Nimbus / Animação

Melhor Fotografia – Amanda Lira, Jefferson Nascimento, Marlom Meirelles, Patrícia Lindoso e Raphael Ferreira – Filme: Mata / Documentário

Melhor Montagem - Daniel Barros – Filme: Presente de Deus / Documentário

Melhor Edição de Som - Adam Matschulat - Filme: O Menino que morava no som / Ficção

Melhor Direção de Arte – Thiago Amaral – Filme: O quarto Negro / Ficção

Melhor Trilha Sonora – Antônio Nogueira – Filme: O mundo de Clara / Animação

Melhor Ator – Maycon Douglas - Filme: O Menino que morava no som / Ficção

Melhor Atriz – Zezita Matos - Filme: O Quarto Negro / Ficção

Menção Honrosa - Cozinheiras do Terreiro – Direção: Tauana Uchôa, pela narrativa feminina que unida à força do tema evoca uma brilhante reflexão sobre fé, serviço e sagrado.


MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS

Melhor Filme – O que pode um corpo? – Direção: Victor Di Marco e Márcio Picoli / Documentário (RS)

Melhor Direção – Victor Di Marco e Márcio Picoli – Filme: O que pode um corpo? / Documentário (RS)

Melhor Roteiro – Victor Marinho – Filme: Vigia – Um olhar para a morte / Ficção (BA)

Melhor Fotografia – Bruno Polidoro - Filme: O que pode um corpo? / Documentário (RS)

Melhor Montagem – Victor Marinho – Filme: Vigia – Um olhar para a morte / Ficção (BA)

Melhor Edição de Som – Paulo Umbelino – Filme: Eu.tempo / Documentário (PE)

Melhor Direção de Arte – Lia Letícia – Filme: Ex-humanos / Ficção (PE)

Melhor Trilha Sonora – Casemiro Azevedo e Vitório O. Azevedo - Filme: O que pode um corpo? / Documentário (RS)

Melhor Ator – Paulo Copioba – Filme Reagente / Ficção (RJ)

Melhor Atriz – Cássia Damascenso – Filme: Vai Melhorar / Ficção (RN)

Menção Honrosa - Filme: Eu.tempo – Direção Thaíse Moura / Documentário (PE), o júri concedeu menção honrosa aos personagens do filme por suas histórias e vivências inspiradoras, carisma, emoção e pela maneira como tratam o tempo de forma subjetiva em uma crônica audiovisual lírico-afetiva.


MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS:

Melhor Filme – Mulher Oceano – Direção: Djin Sganzerla / Ficção (SP)

Melhor Direção – Gabriela Barreto – Filme: Memórias Afro-Atlânticas / Documentário (BA)

Melhor Roteiro – Cassio Nobre e Xavier Vatin – Filme: Memórias Afro-Atlânticas / Documentário (BA)

Melhor Fotografia – Beto Martins – Filme: Nós, que ficamos / Documentário (PE)

Melhor Montagem – Karen Akerman – Filme Mulher Oceano/ Ficção (SP)

Melhor Edição de Som – Caio Barreto, Alexandre Griva e Melhor do Mundo Estúdios – Filme: Ioiô de Iaiá /Documentário (RJ)

Melhor Direção de Arte – Isabela Azevedo – Filme: Mulher Oceano/ Ficção (SP)

Melhor Trilha Sonora – Nicolau Domingues e Caio Domingues – Filme: Nós, que ficamos / Documentário (PE)

Melhor Ator – Guili Arenzon – Filme: Mudança / Ficção (RS)

Melhor Atriz – Djin Sganzerla – Filme: Mulher Oceano / Ficção (SP)

Melhor Ator Coadjuvante – Eron Cordeiro – Filme: O Buscador / Ficção (RJ)

Melhor Atriz Coadjuvante – Débora Duboc – Filme: O Buscador / Ficção (RJ)


JÚRI POPULAR


Melhor Longa-Metragem – “Memórias Afro-Atlânticas” documentário da diretora Gabriela Barreto da Bahia

Melhor Curta Nacional - “Eu.Tempo” documentário da diretora Thaíse Moura de Pernambuco

Melhor Curta Pernambucano - “Cozinheiras de Terreiro” documentário da diretora Tauana Uchoa


PRÊMIO DA CRÍTICA/ABRACCINE


Melhor Longa-Metragem – Por se debruçar sobre uma história riquíssima e pouco conhecida de documentação dos terreiros de candomblé de Salvador e do Recôncavo Baiano (retratando a herança e memória linguísticas de personalidades religiosas como Mãe Menininha do Gantois, Joãozinho da Goméia e Manoel Falefá) e traçar uma espécie de quebra-cabeça em torno desse achado com a ajuda de personagens interessantes e carismáticos, revelando como essa tradição oral sobrevive e a importância de documenta-la, o Júri Abraccine concede o título de melhor filme para "Memórias Afro-Atlânticas", de Gabriela Barreto.


Melhor Curta Nacional – Por construir uma espécie de ensaio-crônica sobre o tempo, conjugando uma certa simplicidade formal com um lirismo afetivo marcado por impressões e memórias, conduzido por paisagens e entrevistados (não especialistas que revelam a profundidade de suas vivências ditas comuns), o júri da Abraccine concede o prêmio de melhor curta-metragem a "Eu.tempo", de Thaíse Moura.

 

PRÊMIO AQUISIÇÃO DO CANAL BRASIL - Melhor Curta: Manaus Hot City.


O Prêmio Canal Brasil de Curtas tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria curta-metragem dos mais representativos festivais de cinema do país. Um júri convidado pelo Canal Brasil e composto por jornalistas especializados em cinema escolhe o melhor curta em competição que recebe o troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$ 15 mil.

Comentários

Últimas notícias