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Príncipe Harry e Meghan perdem seus últimos títulos oficiais

Ansioso por conquistar independência financeira e se proteger da pressão da mídia, o casal provocou uma forte reação no ano passado ao se retirar da vida oficial

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AFP

Publicado em 19/02/2021 às 11:50 | Atualizado em 19/02/2021 às 11:50
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O príncipe Harry, neto da rainha Elizabeth II, e sua esposa Meghan perderam seus últimos títulos oficiais, especialmente militares, após a confirmação à rainha de sua retirada definitiva da família real britânica, anunciou nesta sexta-feira (19) o Palácio de Buckingham.

Ansioso por conquistar independência financeira e se proteger da pressão da mídia, o casal provocou uma forte reação no ano passado ao se retirar da vida oficial.

Efetiva no final de março passado, a decisão seria revista após um ano.

Mas a rainha Elizabeth não esperou para anunciar sua decisão, que atinge especialmente o príncipe, muito ligado a seus títulos militares.

"O duque e a duquesa de Sussex confirmaram à Sua Majestade, a Rainha, que não voltarão a ser membros ativos da família real", informou o Palácio em um comunicado.

"Após conversas com o duque, a Rainha escreveu para confirmar que, renunciando ao trabalho ligado ao pertencimento à família real, não é possível continuar a exercer as responsabilidades e deveres inerentes a uma vida ao serviço do público", acrescentou.

Os títulos serão, portanto, devolvidos e distribuídos entre os demais membros da família.

"Embora todos estejam tristes por sua decisão, o duque e a duquesa continuam sendo membros muito queridos da família", enfatizou o Palácio.

Harry, de 36 anos, perderá seus títulos militares, especialmente na Royal Marines, aos quais era muito apegado após ter servido no Afeganistão, bem como sua função de representante na Federação de Rúgbi.

Meghan Markle perderá suas patronagens de caridade, principalmente no National Theatre de Londres.

A primeira reação do casal veio por meio de um porta-voz: independentemente de seu papel oficial, o duque e a duquesa "permanecem comprometidos com seus deveres e serviços no Reino Unido e no resto do mundo".

Para a comentarista Ângela Levin, autora de um livro sobre Harry, a rainha pretende ser representada "pelo melhor serviço, com pessoas dedicadas à causa e um elevado sentido de dever" e "sentiu que não poderia deixar a situação se estender".

Harry e Meghan, com seu filho Archie, estão estabelecidos na Califórnia e assinaram contratos com as plataformas Netflix e Spotify.

O casal destaca com frequência sua intenção de trabalhar por causas humanitárias por meio de sua nova fundação, Archwell, inspirada no nome de seu filho.

Depois que a ex-atriz anunciou que sofreu recentemente um aborto espontâneo, o casal revelou no domingo que está esperando um segundo filho.

Ele deve explicar sua decisão de cortar os laços com a família real em uma longa entrevista com Oprah Winfrey, que será transmitida em 7 de março na televisão americana.

A imprensa britânica aguarda, em transe, as possíveis revelações desta entrevista, num país onde a família real, apelidada de "a firma", tem por lema "never complain, never explain" - "nunca reclamar, nunca explicar".

A ruptura ocorre quando o príncipe Philip, de 99 anos, marido da rainha e avô de Harry, está hospitalizado em Londres depois de passar mal.


 

 

 

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