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Taylor Swift assume o controle novamente no relançamento de 'Fearless'

Cantora e compositora estadunidense vai regravar seus seis primeiros álbuns

Márcio Bastos
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Márcio Bastos
Publicado em 12/04/2021 às 11:25
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MÚSICA Taylor Swift vive um dos melhores e mais produtivos momentos de sua carreira - FOTO: INSTAGRAM/REPRODUÇÃO
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Antes do coronavírus modificar a dinâmica social de todo o mundo, Taylor Swift tinha uma agenda cheia para 2020, incluindo a turnê para divulgar o álbum Lover (2019). Com os planos alterados, ela aproveitou o isolamento social para criar e, apenas no ano passado, lançou dois discos: Folklore (ganhador do Grammy de Álbum do Ano) e Evermore. A cantora e compositora aproveitou ainda para regravar Fearless, o segundo disco de sua carreira, originalmente lançado em 2008, quando ela tinha 19 anos. As novas versões, além de faixas inéditas daquela época, já estão disponíveis nas plataformas digitais.

A decisão da artista de regravar seus seis primeiros álbuns se deu após o empresário Scott Braun, com quem a americana tem uma desavença há anos, comprar a empresa Big Machine Label Group, detentora dos direitos das primeiras gravações de Taylor. Esse catálogo é estimado em 300 milhões de dólares.

Com isso, a cantora perderia parte do controle de sua obra, que, em alguns aspectos, poderia ser negociada sem a sua permissão. Ela continuaria recebendo pelo uso das canções, por ser compositora e intérprete, mas não teria voz nas decisões finais envolvendo o material. Ao regravar essas canções, que ela tem apresentado como Taylor's Version (versão de Taylor), a artista contorna essa situação.

A experiência empreendida por Taylor já funcionou em outras situações, como o da cantora JoJo, que após anos de disputas com sua gravadora, disponibilizou nas plataformas digitais regravações de seus dois primeiros álbuns.

Fearless é um trabalho emblemático na carreira de Taylor. Ainda pautado pelo country, gênero que a cantora usou como base por muitos anos, o disco contém sucessos como Love Story, Fifteen e You Belong With Me, e vendeu mais de 12 milhões de cópias, revelando a artista para uma audiência mais ampla. O disco também deu a Swift o seu primeiro Grammy de Álbum do Ano (à época da premiação, ela tinha 20 anos, tornando-se a artista mais jovem a vencer a categoria).

O álbum captura a magia de algumas experiências adolescentes, como as paixões platônicas e a idealização do amor romântico. O talento de Taylor Swift como compositora, com sua capacidade de criar narrativas envolventes, quase como crônicas do cotidiano, brilha. As regravações, em sua maioria quase idênticas em instrumentação, celebram a essência desse período da vida da artista, hoje com 31 anos.

Mais madura e com uma voz mais encorpada, Swift consegue adicionar novas camadas às faixas, uma certa nostalgia. Ao mesmo tempo em que se mantêm fiéis às originais, conseguem ter um frescor. A cantora também presenteou os fãs com seis gravações inéditas, com composições que, na época, não entraram no Fearless, entre elas That's When, com Keith Urban, e You All Over Me, com Maren Morris.

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