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80 anos de Erasmo, O Tremendão

Cantor e compositor é tema de documentário no Globoplay

JC
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Publicado em 05/06/2021 às 0:00 | Atualizado em 05/06/2021 às 14:27
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REBELDE De espírito roqueiro, Eramos Carlos trilhou caminho à margem de muitas expectativas - FOTO: DIVULGAÇÃO
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Erasmo Carlos é um dos artistas mais influentes da música brasileira da segunda metade do século 20, mas seu legado parece discreto quando comparado com alguns de seus contemporâneos, especialmente seu parceiro de tempos de Jovem Guarda, Roberto Carlos. Essa percepção talvez se dê ao fato do cantor e compositor, no fundo, ter optado por não se "encaixar". Com espírito roqueiro e rebelde, trilhou um caminho próprio, muitas vezes à margem das expectativas comerciais. Completando 80 anos hoje, ele tem sua trajetória revisitada em um documentário inédito, que estreia ainda este mês na Globoplay.

O filme Erasmo 80 conta com entrevista também inédita do artista e foca, ainda, em sua relação de amizade e parceria artística com Roberto Carlos. Segundo o portal G1, o longa também aborda as histórias da Turma da Tijuca, no final dos anos 1950, quando Erasmo andava com nomes como Jorge Ben Jor, antes de integrar grupos como Renato e seus Blue Caps e The Snakes. Um outro documentário está em produção para o Canal Curta!, com direção de Sandra Werneck.

O interesse pela trajetória de Erasmo, inclusive, só cresce nos últimos tempos. Em 2019, ele foi tema de uma cinebiografia estrelada por Chay Suede. Minha Fama de Mau pegou emprestado o título de uma das canções mais famosas do artista, mostra seu início na música e sua transformação em ídolo do rock, quando ficou conhecido como O Tremendão.

Em entrevista recente à Veja, questionado sobre como se sentia próximo a completar oito décadas de vida, ele respondeu que não se sente com essa idade. "Me vejo como um menino. Por dentro, a minha mente é de um menino. Agora, a parte física que não me obedece", afirmou

CARREIRA FRUTÍFERA

Com mais de 30 álbuns lançados, entre os de estúdio e ao vivo, Erasmo Carlos é um compositor prolífico. Sozinho ou em parceria, escreveu cerca de 768 músicas, algumas delas tornadas clássicos na sua voz ou nas de outros cantores. Algumas delas são É Preciso Saber Viver, Além do Horizonte, Detalhes, Emoções, As Curvas da Estrada de Santos, Mesmo Que Seja Eu e É Proibido Fumar. O disco Carlos, Erasmo, é considerado um clássico do rock nacional.

Seu trabalho mais recente na música foi o EP Quem Foi Que Disse Que Eu Não Faço Samba..., lançado em 2019. Um ano antes, ele foi premiado pelo Grammy Latino e pela União Brasileira dos Compositores por suas contribuições à música.

Além da música, Erasmo também teve participação marcante na televisão, especialmente com o programa Jovem Guarda, nos anos 1960, ao lado de Roberto Carlos e Wanderlea. No cinema, participou de filmes como Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa (1971), Os Machões (1972), pelo qual ganhou o troféu da Associação Paulista de Críticos de Arte como melhor ator coadjuvante, e os recentes Paraíso Perdido (2018) e Modo Avião (2020), da Netflix.

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