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Do Recife 'para o mundo', Cadu Moura leva representatividade à final do 'Mestre do Sabor'

Competição gastronômica encerra temporada nesta quinta-feira (22) na TV Globo e o finalista conversou com o JC

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Robson Gomes

Publicado em 21/07/2021 às 17:52
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Nesta quinta-feira (22) será dia de decisão no reality gastronômico Mestre do Sabor, da TV Globo, logo após a novela Império. Após onze semanas, quatro finalistas disputam, ao vivo, o título de 'Mestre' da terceira temporada do programa, mais um prêmio em dinheiro de R$250 mil. E entre eles estará o chef pernambucano Cadu Moura.

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Com 28 anos de idade, Cadu hoje mora em Salvador há quase dez anos e levou a fama de ser o chef "mais comentado da Bahia". Mas a sua origem está no Recife, onde nasceu, viveu parte de sua infância e onde estão todos os seus familiares atualmente.

Todavia, no fim das contas, o que este cozinheiro profissional realmente deseja é representar o Nordeste com o seu trabalho. "De fato, a cozinha que eu apresento, as coisas que eu vivo, são pelo Nordeste. Tanto que criei até um slogan que é 'Do Nordeste Para o Mundo'. Ou seja: toda a minha referência, minha base, minhas vivências de cozinha foram no Nordeste. Afinal, eu nasci no Recife, fui criado em Salvador, trabalhei em João Pessoa... É tudo sempre ligado à nossa cultura, às nossas tradições, à nossa gastronomia", explica Cadu por telefone, em entrevista ao Jornal do Commercio.

Bastante desenvolto e espontâneo, o chef relatou de onde veio sua paixão pela arte de cozinhar: "Minha relação com a gastronomia foi desde pequeno, quando ainda morava no Recife, e sempre gostei muito de comer. Sempre gostava de comida e estava na cozinha, que era o meu lugar favorito [da casa]. Como sempre fui uma pessoa 'amostrada', gostava de aparecer, e eu descobri que: se eu ficasse na cozinha fazendo coisas, as pessoas iam comer, eu estaria 'me amostrando' para elas, e eu ia comer também! Ou seja, eu juntei as duas paixões: aparecer e comer, que foi na gastronomia, onde eu me encontrei, na verdade".

Entre os vários pratos que preparou ao longo do Mestre do Sabor, o conterrâneo destacou qual foi o mais especial até agora. "Um que marcou muito e foi muito emocionante pra mim foi na fase individual de Duelos, e o tema, de surpresa, era mortadela. E como, na minha infância, eu sempre comi, até hoje, cuscuz com mortadela. E eu decidi levar o Nordeste para esse prato, apresentar isso para o mundo. Com isso, fiz uma Mortadela Empanada com Cuscuz Brasileiro e Creme de Gorgonzola, e foi um prato que marcou muito a minha trajetória", relembra.

REPRESENTATIVIDADE

No programa comandado por Claude Troisgros, o pernambucano enfrentará os chefs Danilo Takigawa (PR), Pedro Barbosa (SP) e Rodrigo Guimarães (RJ). E para o nordestino, estar na final do reality significa responsabilidade, mas também representatividade.

"Nem fala essa palavra 'final' que o coração vem na boca... (risos) Na verdade, para a Final, sendo bem sincero, estou indo 100% de coração. [...] E para mim, estar na Final, tem uma representatividade gigantesca. Porque eu e Pedro, falando em particular, somos dois finalistas, ou seja metade deles, de um público, o LGBTQIA+, que mostra o nosso lugar. Está tudo igual hoje. Não tem isso das pessoas não serem capazes. Estou muito feliz de estar representando mesmo. Em nenhum momento do programa eu quis levantar uma bandeira, justamente para que as coisas acontecessem de maneira normal, sem precisar chamar a atenção. Pois o lugar da gente é lá [no programa], não é morrendo. É estar nesta Final, e se Deus quiser, sendo campeão", anseia o chef.

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