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'O Esquadrão Suicida' é divertido, violento e com personalidade, ou seja, o oposto do primeiro filme

Margot Robbie volta a brilhar como Arlequina no filme, cuja estreia acontece dia 5 de agosto

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Márcio Bastos

Publicado em 04/08/2021 às 17:47 | Atualizado em 04/08/2021 às 17:49
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O universo cinematográfico da DC sofreu vários tropeços nos últimos anos, com obras como Liga da Justiça, Batman vs Superman e Esquadrão Suicida entregando resultados abaixo das expectativas dos fãs e da crítica. Os longas buscavam se afastar do tom mais leve e com toques de humor da Marvel, abraçando uma estética sombria e sisuda. Recentemente, porém, o estúdio estava caminhando para encontrar o equilíbrio entre essas característica e finalmente encontra sua identidade no excelente O Esquadrão Suicida, segundo filme da franquia que estreia dia 5 de agosto nos cinemas brasileiros.

Apesar de ser uma continuação, o filme funciona independentemente do seu predecessor. Ainda bem, pois o primeiro é equivocado em todos os sentidos e subaproveita seus personagens. Neste novo longa, dirigido por James Gunn (Guardiões da Galáxia), uma rápida introdução é feita para familiarizar os espectadores e, a partir daí, tem início uma jornada insana, com muitas reviravoltas e excelentes cenas de ação.

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Formada por desajustados e foras da lei, a equipe é convocada por Amanda Waller (Viola Davis) para realizar missões que, como sugere o nome do coletivo (oficialmente, eles são chamados de Força-Tarefa X), são como sentenças de morte. Com um dispositivo implantado na cabeça, eles são obrigados a cumprirem suas tarefas ou terão suas cabeças explodidas (literalmente) pelo governo americano. Se completarem o projeto, reduzem tempo de suas sentenças.

Da equipe original retornam Arlequina (Margot Robbie), Capitão Bumerangue (Jai Courtney) e Rick Flag (Joel Kinnaman). A eles se juntam Sanguinário (Idris Elba) e Pacificador (John Cena), dois exímios atiradores, Nanaue, um tubarão com braços, pernas e a habilidade de falar, Bolinha (David Dastmalchian), que expele bolas ácidas do corpo; Caça-Ratos 2 (Daniela Melchior), que consegue controlar roedores; entre outros supervilões.

O time é designado para ir à ilha de Corto Maltese, que recentemente sofreu um golpe militar e cujo novo governo ameaça os interesses dos Estados Unidos. No local também há uma misteriosa instalação onde é mantido um segredo que, se revelado, pode causar grandes consequências para todo o mundo. No país, eles cruzam o caminho também com uma guerrilha comandada por Sol Soria (vivida pela brasileira Alice Braga) que busca depor os tiranos do poder.

Sob a direção de James Gunn, a história é conduzida com criatividade, cores vibrantes e sem amarras. Este é um filme para adultos e a violência é extrema: corpos dilacerados ao meio, cabeças voando e muito sangue fazem um contraponto à assepsia dos filmes da Marvel, mais voltados para o público juvenil. O Esquadrão Suicida também não economiza no linguajar explícito e conta ainda com cenas de nudez e sexo.

O roteiro é preocupado com o desenvolvimento dos personagens e mesmo as situações mais absurdas são coerentes com a trama, criando bons arcos para os protagonistas e alguns coadjuvantes. As cenas de ação impressionam e os atores têm chance de brilhar, especialmente Margot Robbie, cada vez melhor como a Arlequina, e Idris Elba.

Sem medo de abraçar o ridículo e o absurdo, O Esquadrão Suicida é um dos melhores filmes de heróis (ou, nesse caso, de anti-heróis) dos últimos anos e consegue divertir sem soar forçado. O roteiro oferece ainda bons momentos para pensar o imperialismo estadunidense, a própria noção de heroísmo, além de ser pincelado com referências de cultura pop e política. E uma dica: há cena pós-créditos.

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