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Paulo Freire é tema de exposição presencial e virtual no Itaú Cultural

Ocupação conta com materiais que celebram a trajetória do educador pernambucano

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JC

Publicado em 18/09/2021 às 9:01 | Atualizado em 18/09/2021 às 9:01
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A trajetória e o legado do pernambucano Paulo Freire são temas da nova ocupação do Itaú Cultural, a partir de 18 de setembro. A instituição localizada em São Paulo promove até 5 de dezembro várias ações dedicadas ao filósofo, escritor e educador. Além da exposição presencial, conta com atividades on-line – entre encontros semanais com intelectuais, que estudam ou conviveram com ele, para falar de sua obra; podcast e programação organizada pelos educadores da instituição.

Complementa a Ocupação, uma publicação impressa com artigos, depoimentos e entrevistas de convidados representantes de diferentes áreas de conhecimento e expressão, como saúde, segurança, música, teatro, fotografia, arquitetura, inclusão, educação e sua internacionalização. No site estão disponíveis parte do material exibido na mostra e conteúdos exclusivos.

A curadoria do projeto é dos Núcleos de Audiovisual e Literatura e de Educação e Relacionamento. Com expografia assinada por Thereza Faria, a mostra ocupa toda a sala Multiuso, no piso 2 da instituição. Ela acompanha a trajetória de Freire, desde o nascimento, em 1921, passa pelo desenvolvimento do seu método de alfabetização – que, implantado em Angicos (RN) acabou ganhando dimensão internacional – e o segue nos diferentes países onde viveu, durante o exílio forçado pelo período militar, até seu retorno e atuação no Brasil, onde morreu em 1997.

Na exposição, há uma animação com as páginas manuscritas de Pedagogia do Oprimido, o mais conhecido livro de Freire, além de um mapa interativo, chamado Paulo Freire no mundo, a encerra. Ele mostra todos os lugares que o educador alcançou nos diversos continentes com a sua obra, o trabalho de alfabetização de adultos e o compartilhamento de saber e ideias sobre a educação. O educador chegou a mais de 30 países e a repercussão de suas propostas comporta mais de três dezenas de livros.

 

Entre a animação e o mapa, a exposição se estende pelos 170 metros da sala Multiuso, dividida em quatro eixos – Formação, Angicos, Exílio e Retorno. No conjunto, apresenta cerca de 140 peças, entre 60 fotografias que registram Freire nas mais diversas situações e localidades no Brasil e no exterior, vídeos e dezenas de seus originais – do Livro do Bebê, feito pelos seus pais quando ele nasceu, a manuscritos de sua autoria, como À sombra desta mangueira, Pedagogia da Esperança e Pedagogia da Autonomia.

O eixo Formação traz a nordestinidade de Paulo, com destaque para a sua infância, a família, a casa em que nasceu e se alfabetizou, no Recife – onde havia a mangueira sob a sombra da qual escreveu as primeiras palavras usando gravetos.

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