SAÚDE

Em entrevista, filho de Arlindo Cruz fala pela primeira vez sobre o vício do pai em cocaína: 'calcanhar de Aquiles'

Relato de Arlindinho aconteceu em entrevista ao canal do jornalista esportivo Rica Perrone no YouTube

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Cadastrado por

Nathália Pereira

Publicado em 24/09/2021 às 19:11 | Atualizado em 24/09/2021 às 19:13
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Filho do cantor Arlindo Cruz, o também sambista Arlindinho falou recentemente, pela primeira vez, sobre o vício do pai em cocaína. O relato aconteceu em entrevista ao canal do jornalista esportivo Rica Perrone no YouTube. Em quase 40 minutos de conversa, o artista abordou, ainda, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido por Arlindo Cruz em 2017, os bastidores da relação entre eles e, claro, futebol.

"Eu sempre soube [do uso de cocaína], ele me contou quando eu tinha 11 ou 12 anos. Peguei aversão [à droga]. Respeito quem usa, trato bem todo mundo, mas não uso. Um cara tão vencedor, tão inteligente, genial, amigo, educado. O meu pai só fez mal para ele. Ele foi bom para todo mundo. O melhor pai do mundo, o melhor amigo do mundo. Muito generoso, nunca tratou ninguém com indiferença", disse Arlindinho. "[A cocaína] era o calcanhar de Aquiles dele", complementou.

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Arlindinho acrescentou que o AVC que acometeu Arlindo Cruz há cerca de quatro anos aconteceu no melhor momento da vida do artista. Na época, pai e filho faziam uma turnê juntos e o vetereno "passava o bastão" de sua carreira no samba para o herdeiro. Sobre o atual estado de saúde do sambista, Arlindinho disse:

"Ele entende tudo o que está acontecendo, tem sensibilidade de rir e chorar, é um passo importante. Se ele estivesse em estado vegetativo, não teria mais jeito. Gravei um audiovisual em casa para que ele pudesse participar, ouvir, ele ficou de fone o tempo todo. Quando tocávamos música dele, ele se emocionava, ele ria. Fiz questão de gravar em casa para que o meu pai pudesse assistir, para ter a mão dele de alguma forma. Sempre sonhei em ter um DVD e que o meu pai tivesse próximo, participando da forma que pudesse. (...) Ele entende. É mais lento, às vezes tem que repetir, falar com mais calma".

Assista à entrevista completa:

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