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Rodrigo Santoro vive homem rústico e violento em filme brasileiro da Netflix

O filme '7 Prisineiros' estreia no dia 11 de novembro, abordando sobre trabalho escravo

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Estadão Conteúdo, Bruno Vinicius

Publicado em 20/10/2021 às 10:11 | Atualizado em 21/10/2021 às 16:05
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Quem está acostumado a ver Rodrigo Santoro desfilando sua beleza e carisma na tevê ou no cinema pode se impressionar com '7 Prisioneiros', que estreia no dia 11 de novembro, na Netflix. No filme, o ator brasileiro dá vida ao rústico e violento Luca, dono de um ferro-velho.

O longa – que teve sua primeira exibição no 78º Festival de Veneza, em setembro – é dirigido por Alexandre Moratto (que tem 'Sócrates' no currículo) e apresenta uma trama que gira em torno do pior das relações trabalhistas de hoje.

No centro da ação estão Luca e o jovem Mateus – Christian Malheiros, estrela de 'Sócrates' e da série 'Sintonia', esta última também da Netflix –, de 18 anos, que sai do interior em busca de uma oportunidade de trabalho em São Paulo. Chegando ao estabelecimento de Luca, Mateus se torna vítima de um sistema de trabalho análogo à escravidão e sustentado pelo tráfico de pessoas.

Moratto contou, em entrevista recente ao site americano 'The Hollywood Reporter' e também a Fred Film Radio, que teve a ideia de rodar '7 Prisioneiros' em uma noite de insônia, quando assistia à TV e se deparou com uma reportagem da GloboNews sobre trabalho escravo e tráfico humano no Brasil, em pleno terceiro milênio


"À medida que o país se torna mais instável política e economicamente, as práticas de escravidão estão se recuperando e as pessoas de comunidades de baixa renda são as que correm o maior risco de serem traficadas", disse o diretor, em material promocional do filme, divulgado no Festival de Veneza

Para Moratto, era urgente retratar a condição na qual cerca de 40 milhões de pessoas vivem no mundo. Ele, inclusive, fez questão de escalar um sobrevivente do trabalho escravo para o trabalho

Além de ter Santoro no elenco, nomes conhecidos do cinema mundial também assinam a produção do filme: Ramin Bahrani – diretor indicado ao Oscar por 'O Tigre Branco' (2021) e considerado um mentor por Alexandre Moratto – e Fernando Meirelles¬ – de 'Ensaio Sobre a Cegueira' (2008) e 'Dois Papas' (2019), entre outros.

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