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Morre a escritora e feminista negra bell hooks, aos 69 anos, nos Estados Unidos

De acordo com um comunicado da sua sobrinha, Ebony Motley, a autora morreu rodeada de amigos e familiares em Berea, cidade do estado norte-americano de Kentucky.

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Bruno Vinicius

Publicado em 15/12/2021 às 14:32 | Atualizado em 16/12/2021 às 12:15
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Um dos grandes nomes do feminismo negro, a escritora bell hooks - pseudônimo escrito sempre em letras minúsculas - faleceu aos 69 anos nesta quarta-feira (15). De acordo com um comunicado da sua sobrinha, Ebony Motley, a autora morreu rodeada de amigos e familiares em Berea, cidade do estado norte-americano de Kentucky. A carta informa que ela estava doente, mas não revelou o motivo da morte.

Gloria Jean Watkins, seu nome de nascença, adotou o nome de sua bisavó como seu pseudônimo em letras minúsculas para enfatizar, segundo ela, "substância de seus livros, não quem eu sou".

A intelectual nasceu no dia 25 de setembro de 1952 em Hopkinsville, no mesmo estado em que faleceu, com o nome de batismo Gloria Jean Watkins. Bell Hooks foi a quarta de sete irmãos. Estou em escolas no Condado de Christian. Sua carreira começou na Universidade de Stanford, na Califórnia. Depois disso fez mestrado em inglês na Universidade de Wisconsin e o doutorado em literatura na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz.

Como profissional, começou ensinando licenciatura na Universidade da Califórnia. Após passagem por diversidades instituições de ensino superior nos Estados Unidos, passou a ensinar sobre estudos Afro-Americanos na Universidade de Yale, uma das mais bem avaliadas do País.

Literatura

Entre as suas principais obras traduzidas, estão: "Tudo sobre o amor" (2021),  "Teoria Feminista - Da Margem ao Centro (2020)", "Olhares Negros: raça e representação" (2019), "Erguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra (2019)" e "Não serei eu mulher? - As mulheres negras e o feminismo" (1981, relançado em 2018), entre outros livros que buscavam tornar o mundo um lugar livre de opressões de raça, cor, classe e gênero.

"Não serei eu mulher?", por exemplo, a apresentou ao meio acadêmico e é um clássico da teoria feminista. Ele tornou-se leitura obrigatória para as pessoas interessadas nas questões relacionadas à mulheridade negra e na construção de um mundo sem opressão sexista e racial.

Além de examinar o impacto do sexismo nas mulheres negras durante a escravidão, a desvalorização da mulheridade negra, o sexismo dos homens brancos e negros, o racismo entre as feministas, os estereótipos atribuídos a mulheres negras, o imperialismo do patriarcado e o envolvimento da mulher negra com o feminismo, hooks pretende levar nosso pensamento além das suposições racistas e sexistas.

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