Janeiro de Grandes Espetáculos tem atrações internacionais, musicais e infantis neste final de semana
Apresentações de dança contemporânea do paraguaio Hugo Rojas, show do cantor pernambucano João Fênix e o sucesso infanto-juvenil "Jeremias e as Caraminholas" estão entre os destaques
Após cerimônia de abertura, o 28º Janeiro de Grandes Espetáculos segue com sua programação realizada nos teatros do Parque, Luiz Mendonça, Barreto Júnior, Apolo, Hermilo Borba Filho, Marco Camarotti, Boa Vista e RioMar. Até o final do mês, a atual edição contempla cerca de 60 espetáculos, entre peças de teatro adultas e infantis, de dança e shows musicais. Confira a programação até o dia 31 clicando aqui.
Neste final de semana, a programação contará com dois espetáculos de dança do paraguaio Hugo Rojas. Ele vem como parte do Iberescena, um fundo de apoio para as artes cênicas ibero-americanas que contemplou a grade do Janeiro deste ano.
No sábado, às 19h, no Hermilo Borba Filho, Hugo apresenta o "Kamba Ra'anga o La Transfiguración de un Negro", de dança contemporânea com elementos de teatro, que reflete sobre a tradição, a simbologia de máscaras de madeira de tradição paraguaia.
No domingo, também às 19h, ele volta ao Hermilo com o espetáculo "Hapo [Raíces]", que propõe um resgate e valorização da herança dos povos indígenas, africanos e mestiços para a cultura paraguaia. Através da dança, da palavra e do simbolismo, a obra celebra essas raças na história do país.
Mais destaques
Outro destaque é "A Mulher Monstro", do da S.E.M. Cia de Teatro (Recife/Natal), que aporta no Hermilo Borba Filho na quinta-feira, às 18h30, com exibição de documentário logo após a sessão, e na sexta, às 20h. A peça é inspirada num conto de Caio Fernando Abreu, abordando os preconceitos e a intolerância da sociedade brasileira a partir da arte drag em tom satírico.
No âmbito musical, que sempre tem espaço no Janeiro, o pernambucano João Fênix apresenta no sábado o show do disco "Gotas de Sangue", gravado durante a pandemia com o pianista Luiz Otávio, no Teatro de Santa Isabel, a partir das 20h. Assim como o disco, o espetáculo vai explorar emoções e fragilidades do homem moderno através de clássicos da MPB.
No teatro para a infância e juventude, o sucesso "Jeremias e as Caraminholas", no Teatro Luiz Mendonça, do Parque Dona Lindu, leva para as crianças no sábado, a partir das 17h, a história de um pré-adolescente e se encontra na poesia e deseja escrever as suas próprias memórias, como já tinha feito o seu avô, contador de caraminholas.
A programação cumprirá todos os protocolos sanitários anunciados pelo Governo de Pernambuco nesta semana.
Confira a programação da semana
Quinta-feira (13)
Teatro adulto
18h30 A Mulher Monstro + exibição do documentário Além dos Basti[dores], da S.E.M. Cia de Teatro (Recife/Natal), no Teatro Hermilo Borba Filho
Quanto: R$ 40 e R$ 20 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sinopse: Inspirado no conto "Creme de Alface", de Caio Fernando Abreu, o espetáculo aborda os preconceitos e a intolerância que pautam o discurso de uma parcela da população brasileira. Utilizando-se da arte drag, o solo busca retratar a atualidade brasileira através da figura de uma mulher burguesa cis, falsa religiosa, perseguida pela própria visão intolerante da sociedade.
20h A Chegada de Lampião no Inferno, do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião (Serra Talhada), no Teatro de Santa Isabel
Quanto: R$ 40 e R$ 20 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sinopse: Nesta adaptação da obra de José Pacheco, um clássico da literatura de cordel, Lampião é morto pela polícia após tentar ajudar uma viúva. Acorda no inferno e descobre que o lugar não é tão ruim quanto pensava. E que no Sertão tem muito mais problemas que no inferno.
Sexta-feira (14)
Dança
19h Tijolos de Esquecimento, do Acupe Grupo de Dança (Recife), no Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81, Boa Vista)
Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sinopse: Uma imersão no imaginário urbano a partir da obra do escritor italiano Ítalo Calvino "Cidades Invisíveis", na qual a cidade deixa de ser um conceito geográfico para se tornar o símbolo complexo e inesgotável da existência humana. A memória, as identificações, as disputas, as ruas, becos, esquinas, o afeto, o abandono, a transgressão, as contradições estão neste trânsito congestionado, desordenado, pertencente ao espaço urbano.
Teatro adulto
20h A Mulher Monstro, do S.E.M. Cia de Teatro (Recife/Natal), no Teatro Hermilo Borba Filho (Av. Cais do Apolo, s/n, Bairro do Recife).
Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sábado (15)
Teatro para a infância e juventude
16h Nuneco e as Flores, da CiArte (Caruaru), no Teatro Rui Limeira Rosal (Rua Rui Limeira Rosal, Caruaru)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sinopse: Através da tradicional arte da palhaçaria, o espetáculo aborda temas como a pandemia, os desafios impostos por esta nova realidade e como incorporar novas visões de vida. Na obra, o Palhaço Nuneco precisa encontrar seu amor, uma bailarina, que desapareceu. Para isso, precisa percorrer o mundo dos sonhos, em uma aventura repleta de aprendizados.
17h Jeremias e as Caraminholas, do Teatro do Amanhã (Jaboatão dos Guararapes), no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sinopse: Jeremias começa a sair da infância e se depara com o tempo do coração, o tempo cronológico e o amor. Neste percurso, o pré-adolescente também se encontra com a poesia sobre a perda e sobre a esperança. Nasce então um menino que quer escrever as suas próprias memórias, como já tinha feito o seu avô, contador de caraminholas.
Dança
19h Kamba Ra'anga o La Transfiguración de un Negro (Iberescena), de Hugo Rojas (Assunção/Paraguai), no Teatro Hermilo Borba Filho (Av. Cais do Apolo, s/n, Bairro do Recife)
Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sinopse: No espetáculo predomina a dança contemporânea, atravessada por elementos do teatro, apoiada por uma encenação visual e sonora concebida para ela. É uma obra cênica dos nossos tempos que indaga e reflete sobre a tradição, a simbologia e o atual estado de Kamba Ra'anga, máscaras de madeira de tradição paraguaia. De como a “transfiguração” permite a liberação de certas restrições da vida cotidiana e contraria os “bons costumes” impostos socialmente.
Música
20h João Fênix em Gotas de Sangue, no Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio)
Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sinopse: O cantor pernambucano João Fênix mostra as emoções e a fragilidade do homem moderno através de pérolas da MPB, de clássicos a canções mais contemporâneas. O show celebra o lançamento do seu sétimo álbum, o recente Gotas de Sangue. Acompanhado do pianista Luiz Otávio, apresenta músicas de Tom Jobim, Dolores Duran, Roberto Carlos, Baden Powell e Vinicius até ngela Ro Ro, Zeca Veloso e Ivor Lancellotti.
Teatro adulto
20h Perdoa-me por me Traíres, da Escola Social Cobogó das Artes (Recife), no Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, s/n, Pina)
Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sinopse: Glorinha, uma jovem de 16 anos, resolve se prostituir após o suicídio de sua mãe. Ao descobrir que a sobrinha se meteu no mundo dos bordéis, seu tio lhe conta a verdade acerca de sua origem, de seu passado obscuro, de seus pais, e, por meio de um trânsito entre o passado e o presente, mergulham num universo cruel e realista.
Domingo (16)
Teatro para a infância e juventude
10h Circo Mágico do Palhaço Chocolate, do Palhaço Chocolate (Recife), no Teatro Boa Vista (Rua do Bosco, Boa Vista, Recife)
Ingressos: R$ 50 e R$ 25 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sinopse: Uma grande homenagem ao circo e às cantigas de roda, com um elenco composto por bailarinos, malabaristas, acrobatas e personagens infantis.
16h Nuneco e as Flores, da CiArte (Caruaru), no Teatro Rui Limeira Rosal (Rua Rui Limeira Rosal, Petrópolis, Caruaru)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sinopse: Através da tradicional arte da palhaçaria, o espetáculo aborda temas como a pandemia, os desafios impostos por esta nova realidade e como incorporar novas visões de vida. Na obra, o Palhaço Nuneco precisa encontrar seu amor, uma bailarina, que desapareceu. Para isso, precisa percorrer o mundo dos sonhos, em uma aventura repleta de aprendizados.
Música
As Severinas em Xamêgo de Fulô, de As Severinas (São José do Egito), no Teatro do Parque (Rua do Hospício, 81, Boa Vista)
Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sinopse: Comemoração de dez anos de estrada do grupo As Severinas, que celebra a força da poesia e do cancioneiro popular do Sertão pernambucano. No repertório, canções autorais e clássicos da música popular nordestina.
18h Do Dobrado para o Choro a Dois Pianos, de Elyanna Caldas e Levi Guedes, no Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio)
Ingressos: R$ 50 e R$ 25 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sinopse: Elyanna Caldas e Levi Guedes unem força neste duo pianístico que faz uma grande celebração das obras de grandes nomes da música nacional e internacional. Foram selecionadas composições dos períodos romântico, impressionista e moderno, da Europa e do Brasil. Os artistas se debruçam sobre os trabalhos de C. Saint-Saëns, C.Debussy, F. Chopin, A.Piazzolla, E. Nazareth, Osvaldo Lacerda e Capiba.
Dança
Hapo [Raíces] (Iberescena), de Hugo Rojas (Paraguai), no Teatro Hermilo Borba Filho (Av. Cais do Apolo, s/n, Bairro do Recife)
Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia), à venda na Sympla e na bilheteria do teatro
Sinopse: A partir de uma tentativa de resgate e valorização da herança dos povos indígenas, africanos e mestiços para a cultura paraguaia, o trabalho apresenta um indivíduo que explora os caminhos que se cruzam e se entrelaçam como raízes de uma árvore. Através da dança, da palavra e do simbolismo, a obra celebra a presença e influência afro na história do povo paraguaio, tornando mais visíveis as comunidades afrodescendentes hoje reconhecidas, como também aquelas que foram retiradas da história oficial.