Troca de farpas

Saiba por que Anitta bloqueou Bolsonaro no Twitter

Movimento da cantora ocorreu após a sua apresentação no festival Coachella, onde ela vestiu um figurino com as cores da bandeira do Brasil

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Renata Monteiro

Publicado em 17/04/2022 às 18:50 | Atualizado em 17/04/2022 às 18:51
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Com informações do Estadão Conteúdo

A cantora Anitta afirmou no último sábado (16) que bloqueou o presidente Jair Bolsonaro (PL) no Twitter depois que ele respondeu a uma publicação sua na plataforma sobre as cores da bandeira do Brasil.

Anitta vestiu uma roupa verde, azul e amarela na sexta (15), durante apresentação no festival Coachella, nos Estados Unidos, e usou a rede social para dizer que a bandeira do Brasil pertence a todos os brasileiros e não deveria ser apropriada por nenhum grupo específico.

O chefe do Executivo federal compartilhou a publicação da artista e escreveu, em tom de ironia: "Concordo com a Anitta".

Depois da postagem de Bolsonaro, Anitta voltou à rede e disse que seu nome estava sendo usado para "gerar buzz" - ou seja, engajamento - para o mandatário, que deve tentar se reeleger este ano. Por conta disso, disse a cantora, o bloqueio foi feito.

Análise de estratégia

Na visão de Anitta, Bolsonaro estaria tentando incorporar uma imagem mais descontraída para atrair o eleitorado jovem. Ela disse reconhecer o movimento da equipe de marketing do presidente por já ter usado a mesma estratégia.

"Nesse momento, qualquer manifestação contra ele por meio dos artistas vai ser convertida em forma de deboche pelas mídias sociais dele. Assim, o artista vira o chato e ele o cara bacana que leva tudo numa boa", publicou a cantora.

"Aquela sensação de: queria ser amigo dele... logo, você votaria no seu amigo gente boa. E por aí vai a estratégia. Já passa a ser mídia boa quando você cita o nome dele, não faz diferença se você citou de forma negativa ou positiva", argumentou.

Recentemente, Bolsonaro e Anitta protagonizaram outro embate digital, embora menos explícito. No mês passado, a cantora aproveitou uma campanha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e usou as redes sociais para incentivar que adolescentes se cadastrem para votar em outubro.

Em seguida, o presidente e aliados lançaram a hashtag #SouJovemSouBolsonaro, buscando promover a ideia de que uma participação maior dos jovens no pleito não necessariamente implicaria na derrota do chefe do Planalto.

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