Johnny Depp nega agressões contra ex-esposa Amber Heard. Confira depoimento
Ator foi testemunha no julgamento por difamação contra a ex-exposa Amber Heard
Com informações da AFP
O ator norte-americano Johnny Depp, 58, afirmou, nesta terça-feira (19), que nunca agrediu uma mulher ao depor nos Estados Unidos. Ele foi testemunha no julgamento por difamação contra a ex-exposa Amber Heard.
Ele afirmou que as acusações "cruéis e preocupantes" de agressão física feitas contra ele por Amber "não eram baseadas" em verdades e foram "um choque total".
"Houve discussões e coisas assim, mas nunca cheguei ao ponto de bater em Amber de forma alguma", disse Depp ao júri no Tribunal do Condado de Fairfax, na Virginia, perto de Washington. "Eu não bati em nenhuma mulher na minha vida".
Ator abriu processo de difamação
Um de seus advogados perguntou a Depp por que ele havia aberto o processo de difamação contra a ex-mulher. "Era minha responsabilidade me defender, não apenas por mim, mas também pelos meus filhos", disse Depp. "Queria limpar meus filhos dessas coisas horríveis que eles tinham que ler sobre seu pai, que não estavam corretas."
O ator de "Piratas do Caribe" usou um rabo de cavalo e vestindo um terno preto com camisa preta e gravata com estampa floral, depôs no quinto dia do julgamento.
Amber ouviu atenta, sem esboçar reações, enquanto Depp falava com a voz pausada e gesticulava. Ele entrou com o processo depois que Amber, 35, escreveu uma coluna para o "The Washington Post" em dezembro de 2018 na qual se descreveu como uma "figura pública que representa o abuso doméstico".
A atriz nunca citou o nome de Depp, que ela conheceu no set do filme "Diário de um Jornalista Bêbado (2009)", mas ele a processou por sugerir que ele era um agressor e pede US$ 50 milhões em danos.
Amber foi casada com Depp de 2015 a 2017. Ela respondeu entrando com uma ação reivindicando o dobro, US$ 100 milhões, alegando que sofreu "violência física e abuso desenfreados" nas mãos dele.
Depp acusa Amber de ter tentado buscar "publicidade" antes da estreia do filme "Aquaman", que protagonizou. Em 2020, ele perdeu um processo por difamação em Londres contra o tablóide The Sun, que o chamou de "espancador de esposas".
Os advogados de Amber afirmaram que Depp se tornou um "monstro" devido ao uso de drogas e álcool e agrediu a atriz fisicamente e sexualmente.
Depp admite vício em remédio
O ator contou que experimentou drogas aos 11 anos, quando roubava "comprimidos para os nervos" de sua mãe, que o maltratava. "Tomei substâncias ao longo dos anos, de vez em quando para afastar os fantasmas, os espectros, que me acompanhavam desde a juventude. Essencialmente, foi apenas automedicação."
Depp ressaltou, no entanto, que não é "um maníaco que precisa estar drogado o tempo todo", e afirmou que a forma como é descrito pela atriz é falsa.
O ator foi questionado sobre o início do seu relacionamento com Amber. "Ela era amorosa, era como se fosse boa demais para ser verdade. Em cerca de um ano e meio, havia quase se tornado outra pessoa."
Os advogados de Depp afirmam que as acusações tiveram um "impacto devastador" na carreira do ator em Hollywood. Ele teve que desistir de seu papel como Capitão Jack Sparrow em "Piratas do Caribe" e foi cortado da série "Animais Fantásticos", baseada no livro da autora de Harry Potter, J.K. Rowling.