‘Não aguento mais o povo falando que minha voz é chata’, diz Marina Sena
'Quando canto muito bela, acho sem graça', disse a cantora em entrevista no 'Programa do Bial'
Sensação da música pop, a cantora Marina Sena deu entrevista ao jornalista Pedro Bial no Programa do Bial desta terça-feira (26), após a final do Big Brother Brasil 22. A mineira falou sobre carreira, autoconfiança, haters e chegou a comentar sobre o tom peculiar de sua voz - e também sobre as críticas que recebe por isso.
"Existe um deboche no meu jeito de cantar. Tem uma coisa um pouco infantil, de criança pirracenta. Eu quero muito potencializar isso. Acho isso ótimo. Se tem uma coisa que eu amo é isso. Você não sabe se é uma criança que está cantando", disse.
Quando Bial comentou que a artista iria se apresentar no programa, Marina disparou que seria "bem educada cantando". "Não aguento mais o povo falando que minha voz é chata. Dou uma 'educadinha' na minha voz antes de aparecer na televisão", brincou.
Marina Sena também explicou sobre um vídeo seu que viralizou cantando "Por Supuesto" em um tom mais anasalado. "Parei de fazer isso. Mas quando canto muito bela, acho sem graça. No refrão dessa música, estou falando para a pessoa ter coragem.[...] Essa é a sensação que se passa quando se canta. Muitas pessoas não entenderam a petulância que há nesse refrão."
Ainda sobre críticas, a mineira confessou que sofreu por conta dos haters e chegou a pensar em desistir da carreira. "Fiquei muito mal. Nunca tinha vivido isso nessa proporção. Encontrar pessoas que me achavam esquisita, muito chamativa, isso sempre existiu, desde Taiobeiras. Gostava de dar uma provocada nessa realidade. Mas quando vem nessa proporção do viral fiquei assustada. Sou artista, não sou celebridade. Achei que não queria ocupar esse lugar. Depois achei que dava conta sim", disse.
"A única coisa que eu tinha era a minha autoconfiança porque se eu não tivesse autoconfiança, eu não estaria aqui hoje com você (Pedro Bial). A autoconfiança foi a única coisa que poderia me levar para onde eu queria. Porque eu não tinha dinheiro, eu não tinha contatos, não tinha parentes, não tinha nada."
Ela ainda revelou algumas curiosidade sobre sua vida, como o acesso a internet apenas aos 15 anos. "Achei muito bom. Fez com que a minha originalidade falasse mais do que as minhas referências. Eu amo Taiobeiras, amo ir para lá, adoro minha família, mas não me vejo morando lá", disse, citando sua terra natal.